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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ho'Oponopono e os Sonhos



Ho'oponopono tem operado transformações profundas em minha vida e na de muitas pessoas que me dão esse retorno...
Mas o que mais me encanta é que sinto que... tenho a chave para essas transformações nas minhas mãos... e não dependo de nada fora de mim para libertar o que é problema, ou me incomoda em minha realidade.

Tenho acompanhado essas mudanças pelos sonhos muito claros que tenho tido... e nesses sonhos me vejo em situações que me explicam determinadas coisas que passei, como se tivesse vivido o mesmo tipo de experiência em outra vida... e algumas vezes fazendo outros papeis na mesma experiência...

Pelo que tenho vivenciado e percebido, pelo retorno de outras pessoas, que também fazem Ho’oponopono, é que passamos a sonhar mais.... ou a lembrar mais dos sonhos, que trazem sinais claros indicando o que está sendo libertado... e nos guiando para o próximo passo da limpeza de memórias.
Os sonhos se tornam cada vez mais significativos e mais ricos em detalhes... e vão nos revelando ligações e conexões que nos fazem perceber, em um nível que não passa muito pelo racional, por onde estamos caminhando nesse processo. O que nos dá uma confiança e uma força muito grande para continuar.

Como um observador silencioso, recebo os sinais... sincronicidades e insights, e busco interferir o mínimo possível, tentando não fixar nada nem criar nenhum caminho a partir do que recebo... porque sei que a Divindade vai estar me guiando a cada passo... Sei que se eu tento fazer planos com a mente isso pode interferir no que acontece, de forma simples e natural, pelo fluir da Divindade...

Cada memória que limpamos nos abre mais possibilidades de ampliar as nossas experiências... e sentimos isso de forma cada vez mais real.
Quando faço o Ho’oponopono um fluxo invisível de energia me faz sentir nitidamente a conexão com o Divino... é algo quase palpável e algumas vezes a energia é extremamente forte e me faz sentir muito bem...

Tenho usado esta técnica para tudo que me incomoda...
Seja um sentimento... um sonho... uma pessoa... um pensamento... qualquer coisa que no meu dia-a-dia me mostre que existem memórias vindo à tona para serem limpas... eu faço o Ho’oponopono... e persisto até que sinto que aquela situação foi libertada.

Às vezes entro em contato com uma sensação desagradável que vem do que está sendo limpo... procuro deixar ir com amor... sem me apegar... sabendo que é só um reflexo do que está sendo libertado. Sei que estou ultrapassando algo que vai me deixar mais livre... e isso me incentiva a continuar... facilitando esses momentos.

Temos um potencial incrível para crescer... e um... também muito grande, para sabotar esse crescimento... então, quando sabemos que podemos atuar diretamente sobre o que nos incomoda, isso não nos deixa mais muita saída para ficar reclamando, nem entrar no “coitadinho de mim”... pois, se eu tenho um problema e tenho como resolver... não tenho mais desculpas.
Tenho tido cada vez mais clareza... que a escolha para que as mudanças aconteçam está em nossas mãos e que ferramentas preciosas estão disponíveis para tornar possível essas transformações tão necessárias... para que cada um de nós possa manifestar seus Dons... sem medo e sem interferências de experiências passadas, que ficaram registradas em sua memória.
Ho’oponopono... pelo Amor e Perdão, tem sido um caminho precioso e de muita Luz, que me encoraja a olhar de frente cada situação, sabendo que tenho a chave para resolvê-la... e que a partir... daí, do Vazio... a Paz se torna possível...





Ana Rosa Figueira

Ho'Oponopono - O Processo



Quando sofremos com algum problema, seja ele um problema de relacionamento com outra pessoa, problema de saúde, ou quando a auto-estima está em baixa, quando nada parece dar certo, ou não ter solução em vista, o que continuamos fazendo? Continuamos buscando soluções e respostas através da atividade da mente, da análise de experiências passadas, do conhecimento adquirido ou consultado, tudo isso é o intelecto querendo resolver os problemas. Mas pelo Ho’oponopono compreendemos que o intelecto não dispõe dos recursos para resolver problemas, ele só pode manejá-los. E manejar não resolve problemas.

Ao fazer o Ho’oponopono você pede a Deus, a Divindade, para limpar, purificar a origem destes problemas, que são as recordações, as memórias se repetindo em sua Mente Subconsciente. Você assim neutraliza a energia que você associa à determinada pessoa, lugar ou coisa. No processo esta energia é libertada e transmutada em pura luz pela Divindade. E dentro de você o espaço liberado é preenchido pela luz da Divindade. Então, no Ho’oponopono não há culpa, não é necessário reviver sofrimento, não importa saber o porquê do problema, de quem é a culpa, ou sua origem. A sua responsabilidade está em não permitir que o padrão se repita, gerando mais problemas, perpetuando a condição de sofrimento. Isso porque o ser humano só pode viver de duas maneiras: uma, pela programação adquirida, memórias se repetindo, a outra pelas inspirações, que são divinas.

No momento que você nota dentro de si algum incômodo em relação a uma pessoa, ou lugar, acontecimento ou coisa, inicie o processo de limpeza, peça a Deus:

“Divindade, limpe em mim as memórias que estão causando este problema. Transmute-as em pura luz”

Então use as frases desta seqüência: “Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.” várias vezes, você pode destacar uma que lhe toca mais naquele momento e repeti-la. Deixe sua intuição lhe guiar.

Quando você diz “Sinto muito” você reconhece que algo (não importa se saber o que) penetrou no seu sistema corpo/mente. Você quer o perdão interior pelo o que lhe trouxe aquilo.

Ao dizer “Me perdoe” você não está pedindo a Deus para te perdoar, você está pedindo a Deus para te ajudar se perdoar.

“Te amo” transmuta a energia bloqueada (que é o problema) em energia fluindo, religa você ao Divino.

“Sou grato” é a sua expressão de gratidão, sua fé que tudo será resolvido para o bem maior de todos envolvidos.

A partir deste momento o que acontece a seguir é determinado pela Divindade, você pode ser inspirado a tomar alguma ação, qualquer que seja, ou não. Se continuar uma dúvida, continue o processo de limpeza e logo terás a resposta quando completamente limpo.

Lembre-se sempre que o que você vê de errado no próximo também existe em você, somos todos Um, portanto toda cura é auto cura. Na medida em que você melhora o mundo também melhora. Assuma esta responsabilidade. Ninguém mais precisa fazer este processo, só você.

Aqui está a oração original da Kahuna Morrnah Simeona, criadora do Processo Ho’oponopono da Identidade Própria, oração simples e poderosa:


“Divino Criador, pai, mãe, filho em Um...
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofendemos, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão...
Deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as recordações, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz...
Assim está feito.”

Faça esta oração em relação a qualquer problema com qualquer pessoa; ao se fazer o apelo ao Divino Criador estamos nos dirigindo à divindade que existe dentro de todas as pessoas, que é a extensão do Divino Criador.

Só isso é necessário.








Ana Rosa Figueira

Ho'Oponopono II



"Sinto muito" e "Te amo" - Processo de cura Havaiano: Ho'oponopono significa amar-se a si mesmo

Já ouvimos muitas vezes que criamos nossa realidade, que o mundo é um reflexo de quem somos, que somos todos um, que tudo começa e termina em nós.
Acredito que vocês já saibam disto. Mas, outra coisa é verificar se, de fato, compreendemos a essência de todas as afirmações que fazemos.
Existe um processo de cura e perdão criado por uma tribo havaiana, a dos Kahunas. O método chama-se: Ho´oponopono.
Parece estranho dizer que existe um processo de perdão, mas vejam só:
Você julga ou condena alguém por algo que tenha dito ou feito, ou deixado de dizer ou fazer?
Você julga ou condena quando sabe que alguém está doente, porque não teve bons hábitos alimentares ou higiênicos ou sexuais?
Você julga ou condena quando vê alguém repetir uma situação?
Você julga ou condena quando alguém sofre por um mal, que outra pessoa tenha feito?
Então, você é humano!
E por ser humano, tem consciência de seus pensamentos, portanto, condições de modificá-los, se quiser...
Esse processo consiste em curar e perdoar primeiramente você, porque somos espelhos do mundo, o mundo reflete nossos pensamentos e ações, as pessoas refletem nossos pensamentos, ações, emoções e comportamentos.
Devemos também sempre nos lembrar que o perdão é um processo, não é um fim em si mesmo. Estamos sempre precisando perdoar algo, seja em nós mesmos, nos outros, nos eventos ou nas instituições. Portanto, tenha em mente que hoje é um bom dia para perdoar.
Falando assim, parece estranho, mas se você desejar melhorar a sua vida, você deve cura-se e perdoar-se. Se você deseja curar ou perdoar alguém, mesmo um criminoso mentalmente doente, você faz curando a si mesmo.
É tão simples!
Nada está do lado de fora, mas dentro de você, da sua mente.
Para todos e para cada um de vocês: Sinto muito, eu te amo!

Não importa que tipo de problema existe,

trabalhe com você mesmo!






Ana Rosa Figueira

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Tecnica Kahuna de Cura Energética




Esta técnica é usada para males físicos, que são considerados desequilibrios energéticos e que podem ser retirados e eliminados, trazendo assim, cura para o corpo físico. Em primeiro lugar, precisamos do consentimento da pessoa alvo da "cirurgia",pois sem a sua vontade e seu consentimento, não temos acesso ao campo áurico e a cirurgia não terá êxito.

Não podemos e não devemos nunca interferir no livre arbítrio das pessoas, não faça nada sem o consentimento do alvo do seu trabalho energético. O único caso em que é aceito o trabalho sem o consentimento, é quando o alvo se encontra inconsciente e sem condições de escolha, mas mesmo assim, avalie se é realmente isto que a pessoa em questão gostaria, converse com familiares, peça autorização para o responsável mais próximo, e ai sim faça o seu trabalho.

Iniciando o trabalho:

Vamos dividir em passos:

1 - Prepare-se e ao ambiente: lave bem suas mãos até os cotovelos, acenda uma vela branca (que simbolizará o fogo), um incenso (que simbolizará o ar), um cristal de quartzo branco (que simbolizará a terra) e um copo de água (que simbolizará a água), e um pote com sal grosso (que é o elemento neutralizador de toda e qualquer energia que esteja no local). Coloque uma música suave ao fundo, para criar um clima energético puro, limpo e tranquilo.

2 - Coloque a pessoa deitada em uma maca ou em uma cadeira, como ela se sentir mais confortável.

3- Faça um exercício de relaxamento com a pessoa alvo da cirurgia, que deverá de agora em diante permanecer, de olhos fechados até o final.

4- Faça uma oração em voz alta, para o ser ou entidade em que acreditar (anjos, arcanjos, mestres ascensos, Jesus, Buda, etc). Lembre-se que não importa em que acredita, pois a técnica kahuna independe da religião que possui, tenha fé no que irá fazer e peça auxilio aos seres de sua crença, para que lhe auxiliem durante o processo à eliminar o bloqueio energético, que está causando o mal (especifique o mal, se é um tumor, um nódulo, hérnia, etc).

5- Peça para a pessoa alvo da cirurgia que permaneça de olhos fechados, e lhe entregue com as mãos abertas um símbolo com uma cor específica. Pode ser o que lhe vier a mente, exemplos: um círculo vermelho, um triangulo amarelo, uma estrela azul.

6 - Receba este simbolo com suas mãos e as eleve acima da sua cabeça, entregando ao universo este obstáculo materializado em forma e cor. Peça para que o universo disperse esta forma nociva, e a desintegre imediatamente.

7 - Pegue cada um de seus dedos da mão e os estique por volta de 20 cm (visualize mentalmente um campo energético em cada dedo, se alongando 20cm).

8 - Com seus dedos já alongados, fique na frente da pessoa alvo da cirurgia, e sem encostar seu corpo físico no dela, direcione seus dedos até a área do corpo que será operada. Retire, como se seus dedos energéticos despedaçassem, o tumor, hérnia, nódulo, cisto, etc. A cada movimento de retirada, eleve suas mãos com seus dedos alongados, e entregue ao universo para que se dissipe esta energia nociva. Faça isto várias vezes, até que sinta que é o bastante.

9 - Após o processo de retirada do bloqueio energético materializado, é necessário soprar cada um de seus dedos para contrair o campo energético alongado.

10 - Coloque suas mãos em contato com o corpo da pessoa alvo da cirurgia para "cauterizar" o campo aurico, que foi invadido por você para a retirada do bloqueio. Permaneça assim por aproximadamente 10 minutos.

11 - Retire suas mãos do contato com o corpo da pessoa alvo da cirurgia, e eleve as mãos acima da sua cabeça, abertas e agradeça, da sua forma, o auxilio dos seres que lhe ampararam durante todo o processo.

12 - Faça com que a pessoa vagarosamente abra os olhos e lhe pergunte como está se sentindo. Se necessário deixe que ela permaneça por mais 15 minutos deitada ou sentada em relaxamento até retomar suas forças.

13 - Lave suas mãos até o cotovelo para eliminar qualquer resíduo do campo aurico da pessoa alvo da cirurgia.

14 - Jogue a água e o sal grosso fora em água corrente (pode ser na pia com a torneira ligada enquanto joga). Deixe o incenso e a vela queimarem até o final e se desfaça normalmente dos resíduos. Lave o cristal com água mineral, e seque com um pano de algodão para limpar o cristal de toda energia que foi por ele filtrada.

Obs. Pode ser necessário que se faça mais de uma sessão para que o mal seja eliminado totalmente, mas dê um intervalo de pelo menos 5 dias para que outra sessão seja realizada. Nunca aconselhe a abandonar o tratamento convencional que a pessoa esteja fazendo, pois este trabalho é complementar e não substitui o tratamento médico convencional.






Ana Rosa Figueira

O Segredo Revelado




O Segredo é este :

Abençoem todos e tudo que representem o que vocês desejam. No entanto, qualquer coisa tão simples assim requer alguma explicação. Abençoar algo significa reconhecer ou dar ênfase à uma qualidade, característica ou condição positivas, com a intenção de que aquilo à que se reconhece, ou enfatiza venha a crescer, perseverar (persistir) ou vir a ser.

Em primeiro lugar, o foco positivo de sua mente mexe com a força positiva, criativa, do poder. Segundo, move a sua própria energia para fora, permitindo que uma parte maior do poder passe através de você. Terceiro, quando você profere bênçãos para o benefício dos outros há a tendência de se ultrapassar quaisquer medos subconscientes a respeito do que se deseja para si mesmo; e também, o próprio foco em si, sobre o ato de abençoar, faz com que o mesmo bem, aumente na própria vida.

A beleza desse processo é que a bênção proferida em favor de outros ajuda a estes, bem como a você mesmo. As bênçãos podem ser proferidas com a ajuda de visualização ou toque; porém, a maneira mais comum e fácil de fazê-lo é através de palavras.

Os principais tipos de bênçãos verbais são:

ADMIRAÇÃO: Trata-se do ato de cumprimentar ou louvar algo bom que se note.
Ou seja, "Que belo pôr-do-sol; gosto de seu vestido; você é tão divertido".

AFIRMAÇÃO: Trata-se de uma declaração específica de bênção para aumento ou continuação do estado descrito: "Abençôo a beleza desta árvore; abençoada
seja a saúde de seu corpo".

APRECIAÇÃO: Trata-se de uma expressão de gratidão a respeito de algo bom que existe ou que tenha ocorrido: "Obrigado, Deus, por me haver ajudado; agradeço à chuva por nutrir a terra".

EXPECTATIVA: Trata-se de uma bênção para o futuro: "Teremos um ótimo piquenique; abençôo sua renda sempre crescente; obrigado(a) pela(o) minha(meu) companheira(o) perfeita(o); desejo-lhe uma ótima viagem; que o vento sopre sempre a seu favor."

A fim de se obter o maior benefício possível de uma bênção, você terá de desistir ou renunciar à única coisa que a anula: o ato de amaldiçoar. Isto não se refere a palavrões, mas ao oposto da bênção; ou seja, criticar ao invés de admirar; duvidar, ao invés de afirmar; culpar, ao invés de apreciar; e se preocupar, ao invés de aguardar com confiança.

Quando quaisquer destas atitudes são tomadas, elas tendem à cancelar alguns dos efeitos da bênção. Assim, quanto mais você amaldiçoar, mais difícil e demorado será obter bons resultados da bênção. Por outro lado, quanto mais der bênçãos, menos mal farão as maldições.

O que é o Espírito de ALOHA ?

O espírito de ALOHA é a coordenação da mente do Verdadeiro Ego, Coração e Alma manifestados, emitindo pensamentos, emoções e sentimentos bons, e compartilhando bondade com outros, através dos anos. Os nativos havaianos nos transmitem isso dando significado ao valor das letras, que formam a palavra ALOHA e assim ajudam-nos a lembrarmos sempre o seu verdadeiro significado:

A - AKAHAI (ah kah hai´)
Significa bondade, para ser expressado com ternura: oferecimento cuidadoso, bondade, despretensioso, modéstia, moderado e ternura.

L - LÔKAHI (LOH'kah hee)
Significa unidade, para ser expressado com harmonia: obter unidade, acordo, uníssono e harmonia.

O - OLU'OLU (oh'loooh'loo)
Significa agradável, para ser expressado com afabilidade: esfria - enquanto refresca, agradável, afabilidade, amabilidade, satisfação, felicidade, comgenialidade e cordialidade.

H - HA'AHA'A (hah'ah hah'ah)
Significa humildade, para ser expressado com modéstia: baixo, humildade, extinguir o ego e modéstia.

Na verdade o espírito ALOHA quando descrito em palavras, torna-se menos importante do que quando é vivido. ALOHA pode ser experimentado como um pôr-do-sol ou  Deus.

ALOHA é uma palavra que toca profundamente cada um de nós. E os havaianos tem uma outra palavra para definir o espírito contido em Aloha: LOKOMAIKA'I (loh koh mai'kah ee) que significa:

Ser bondoso, fazer o bem, ter boa disposição ter generosidade, graça humanidade, benevolência e beneficência.


Aloha lui loa 🌸🌈






Ana Rosa Figueira

Cultura Havaiana II




A língua havaiana não é apenas um idioma, e sim um verdadeiro raciocínio lingüístico. Cada palavra é um "cacho" de significados, indicados pelos contextos em que se encaixam. Não existia um profano dissociado do sagrado, ou vice-versa. Um exemplo: em nossa sociedade, ora buscamos dinheiro, ora buscamos Deus, numa proporção cada vez mais descompensada. Os havaianos buscavam os dois o tempo inteiro. "Tudo que eles faziam era com devoção.

Eles viviam na eternidade do agora, como sugeririam Eckhart Tolle, Deepak Chopra, Dalai Lama e os demais gurus de hoje. Na sabedoria havaiana, o aqui e o agora de cada tarefa do cotidiano é o único território onde a fusão entre o profano e o sagrado pode ser efetivamente realizada e perpetuada. Talvez a maior prova disso seja o fato de que na língua havaiana não há termos para o futuro ou o passado.

As atividades do cotidiano (plantar, colher, construir, surfar.), por mais diversas que aparentem ser, são unidas no plano sagrado por "segundas intenções" espirituais que todas as tarefas têm em comum. Elas são a busca de uma energia metafísica que o havaiano chama de "mana". Essa energia, ignorada pelo mundo ocidental, é cultuada pelo mundo oriental na forma de "prana" na Índia, e de "chi" na China. Cada uma dessas três tradições considera essa energia vital, o alimento primordial da alma, que também sustenta o corpo.

A Filosofia

Huna quer dizer: Segredo, não no sentido de manter algo oculto, mas sim de descobrir um sentido mais profundo da nossa existência.
Conhecimento oculto ou realidade secreta é a realidade mais difícil de ser vista. Também significa princípio feminino, mais princípio masculino, o que corresponde´à manifestação da vida.
Leinani Melville diz que Huna é "profundidade". 
Serge Kahili King define Huna como "o que é oculto ou o que não é obvio; nome dado ao conhecimento dos Kahunas, filosofia de realização, utilizada em qualquer contexto, pessoal,científico, religioso".
Max Freedom Long assegura que "qualquer associado da Huna não deve desistir de sua fé tradicional, pois Huna é uma ferramenta que pode ser usada por todos a qualquer hora em qualquer contexto." E esta definição é a mais correta e a que é mais aceita pelos que praticam o Kahuna!

Conceitos

1. A parte teórica nos diz que o ser humano é formado de três espíritos ou aspectos independentes entre si, mas interligados nas ações, quando um depende do outro para se desenvolverem e de um corpo físico quando reencarnados. Existe uma energia que chamamos de "mana" que é o elemento de coesão entre os três, tendo cada um sua própria mana. O corpo é uma imagem manifestada dessa coesão por meio de uma substância. Essa substância de origem divina permeia todo o universo e em consonância com a mana torna possíveis as manifestações - a qual se denomina "substância aka". Para que isso ocorra, cada espírito possui um corpo-aka que lhe é peculiar e tem funções determinadas. Sendo a Huna uma teoria de transformações, costumamos denominar cada um desses elementos pelos seus nomes na Língua Havaiana.
Esses conceitos chegaram até nós por intermédio dos estudos de Max Freedom Long, Serge King e outros que buscaram na antiga tradição havaiana os elementos teóricos. Essa conceituação teórica se sintetiza na prática no que se denomina "Prece Ação".
Como todo sistema é arbitrário e relativo por ser interpretativo, a Huna também o é. Isso nos dá a liberdade de sermos ou não adeptos da Huna, conforme nossa interpretação desses ensinamentos.


2. Na parte prática, temos entre outros elementos, a Prece Ação já citada acima, com a qual obtemos bons resultados. Ela é usada principalmente, para curas e alívio de qualquer tipo de sofrimento. Obtemos resultados eficazes, pelo fato de trazer um enfoque diferente de como se deve fazer uma prece. Isso só se torna possível depois de conhecermos os conceitos da Huna. A leitura atenta e livre dos Evangelhos nos mostra que esses princípios da Huna não foram esquecidos por Jesus.
A parte prática da Huna está concentrada no xamanismo. O xamanismo ensinado pela Huna refere-se ao Xamanismo Havaiano. Tudo começou quando se reuniram grandes mestres Kahuna para sintetizarem os ensinamentos em alguns princípios que pudessem traduzir o pensamento e as atitudes que deveriam ter aqueles que se dedicassem a usar a Huna.


Princípios


O princípio básico da Psicofilosofia Huna é não ferir, isto é, não causar sofrimento a si mesmo, aos outros e à natureza.
Podemos evitar isso não nos omitindo nas situações que exigem de nós atitudes coerentes, que promovam o nosso equilíbrio e do meio em que vivemos. Não devemos nos exceder em ocasiões em que depende de nós um bom senso para que tudo transcorra serenamente. Não podemos permitir que sejamos usados para ações que causem prejuízos por exacerbação das mesmas. 
Qualquer ação que pratiquemos depende de uma intenção; assim, é a intenção a mãe de todos os problemas e virtudes que acontecem. Concluímos então, que é na intenção que está tudo que praticamos na vida e é nela que devemos focalizar toda nossa atenção para que não caiamos na omissão ou no excesso que nos conduzem ao desequilíbrio físico e mental, quando praticamos ações que provocam sofrimento e danos a nós mesmos e em geral.
Assim sendo, é a intenção o alvo de nosso "orai e vigiai" para que possamos crescer e evoluir na constante busca da felicidade. A Huna tem princípios e ensinamentos que nos ajudam nessa busca de uma maneira mais suave e simples, deixando de ser o sofrimento o paradigma de crescimento e evolução.




Ana Rosa Figueira

Os Kahunas e sua Magia




Muito embora o que vamos relatar seja de esclarecimento recente ao mundo ocidental (início do século), a Huna é uma ciência com certeza mais antiga que os segredos Babilônicos e Egípcios.

A tradição nos traz as lendárias doze tribos que certa vez viveram no deserto do Saara, quando este, ainda era uma terra fértil e cortada de rios. Após vários séculos os rios secaram e as tribos por razão de subsistência mudaram para o vale do Nilo, uma vez lá, vieram a embriagar todos os outros povos com sua magia. Previsto um longo período de escuridão intelectual onde o "Segredo" corria o risco de se perder, as tribos decidiram partir deixando que o tempo se incumbisse de preparar sua volta para o mundo. Onze dessas tribos, após uma exploração psíquica, decidiram por viajar para o leste onde várias ilhas do Pacífico eram desabitadas. 

Começaram sua jornada atravessando o mar Vermelho, dai ao longo da costa Africana ou India. Após vários anos os da décima segunda tribo por razão ainda não esclarecida, decidiram por voltar e ocupar a região onde hoje chamamos de Montanhas Atlas ao norte da África. A história não reserva muitos detalhes sobre a viajem a não ser que prosseguiam com incrível determinação de terra para terra em grandes canoas duplas. Em determinado momento foram encontradas as oito ilhas Havaianas, que rapidamente foram reconhecidas como a terra prometida de seus antepassados.

As equipes de exploração voltaram as ilhas mais próximas a fim de levar o restante das tribos que la permanecera para descanso. Arvores, plantas e animais foram transportados subsequentemente a medida que as tribos iam se instalando no Havaí, um longo período de isolamento se seguiu.
As evidências sobre esta jornada cada vez mais se cristalizam na medida em que algumas palavras costumes e crenças são de fácil identificação seguindo uma mesma diretriz, estes casos se espalham desde o Pacífico até o Oriente próximo.
Madagascar também as possui indicando ter tido contato com algum povo de origem polinésica, até no Japão moderno são encontradas palavras e idéias polinésias.


Contudo faltava até pouco tempo atrás, um elo comprovatório sobre a real existência das doze tribos, e isto só foi possível quando um jornalista aposentado chamado Willian Reginald Stewart reconheceu no livro "RECUPERANDO A MAGIA ANTIGA ", publicado pela Rider & Co, em Londres no ano de 1936 uma série de palavras muito semelhantes as que ele próprio havia verificado em sua juventude quando por vários meses permaneceu na Bérbéria (Montanhas Atlas-Norte da Africa) acompanhando uma equipe de exploração de uma companhia petrolífera.

Durante sua estada, William ouvira falar muito sobre determinada tribo Bérbere e seus mágicos, e entrando de férias contratou um guia e partiu a procura da tal tribo. Para sua sorte não só encontrou o acampamento como de cara "caiu nas graças" de seu lider religioso, porém só as custas de muita persuasão foi aceita sua permanência para que obtivesse o direito de aprender o "grande segredo".

Apesar da dificuldade com a língua, ja havia se passado alguns meses e William seguia firme em seu propósito e cada vez mais atraia a simpatia e interesse de Lucchi a líder religiosa que devotava boa parte de seu tempo em repassar seu conhecimento ao jovem Inglês. A história e as bases filosóficas da religião ja haviam sido aprendidas e tudo corria bem, quando numa tarde confusa o acampamento foi invadido por dois outros grupos do vale abaixo causando várias mortes entre as quais Lucchi que fora alvejada de forma certeira no coração.

O inglês vendo-se impedido de concluir seu treinamento, recolheu seus pertences e anotações e voltou para Inglaterra. Após 30 anos, impelido pela dúvida e a curiosidade que lhe acompanhara quase toda vida, voltou aquelas anotações que amareladas pelo tempo reservavam para o mundo uma comprovação de inestimável valia. Apenas como exemplo desta incrível comparação procedida por William, a palavra Havaina para "Kahuna" entre os Bérberes aparecia como "Quauna" o termo usado para mulher Kahuna é "wahini" contra "quahini" no dialeto Bérbere. A palavra usada para Deus, nos dois idiomas são: "akua" e "atua". Além de uma longíqua similaridade física foram encontrados tambem ritos e costumes semelhantes. O que na opinião de Max Freedom Long, o grande responsável pela difusão mundial da ciência Kahuna, comprova decididamente que os antepassados Kahunas habitaram o norte da África.










Ana Rosa Figueira

As Bases do Conhecimento Huna



Os Kahunas ensinaram que o pensamento humano não esta capacitado a entender de maneira clara uma forma superior de consiência, que não seja semelhante a sua própria, por isso todos os esforços para imaginar um Deus supremo, seriam pura perda de tempo. Acreditavam existir uma fonte criadora, não obstante, suas orações não eram para essa fonte.

Crentes de que várias camadas hierárquicas se formam acima de seu nivel médio de consciência, os Kahunas simplesmente não se importavam com estas inteligências superiores, pois acreditavam piamente que tendo acima de si um ser paternal "Aumakua", quando da necessidade de orações aos seres mais elevados, este saberia quando e como fazê-las.
Devido a esta atitude considerada por eles sensata, o sistema permaneceu simples e livre dos padrões estabelecidos pelos homens, pratico e voltado à resultados preponderando o pensamento humano sobre a matéria.

Favorecidos pelo isolamento, a natureza filosófica de suas práticas "mágicas" não criou espaço para valores encontrados facilmente em outras religiões, não tinham salvadores e nem salvação, sem inferno, nem céu, nenhuma base a ser seguida em livros iluminados, nos quais houvessem sido escritos palavras como: "Assim falou Deus...", na verdade nunca possuiram livros, pois sua linguagem não foi escrita até os tempos modernos, desta forma, viveram livres de qualquer tipo de opressão dogmática por séculos.

O sistema considera qualquer homem subdividido em 3 claras partes distintas:

"O EU BÁSICO" -
Subconsciente,verdadeiro,memória,emoção,telepatia,apoia-se nos 5 sentidos.

"EU MÉDIO" -
Consciente,Racional,Persona,Dia-Dia,Só ele pode pecar "fazer mal".

"EU SUPERIOR"-

Super-consciente,Mentalização,Anjo da guarda,ligação com os superiores.

As 3 forças básicas: a primeira unidade é a FORÇA, que é dirigira pela segunda, a CONSCIÊNCIA. A terceira é a SUBSTÂNCIA da qual a Consciência extrai a Força.
Se os Kahunas estiverem certos em sua idéia de que a consciência humana é composta neste plano, de dois espíritos separados, com um terceiro que age como um anjo da guarda, somos levados a reconsiderar nossas teorias a respeito da alma humana. Quando estabelecemos que possuimos um ser inferior dentro de nós, somente um grau acima dos animais irracionais, assim como um espírito mais desenvolvido, que esta há muito tempo fora do reino dos animais, nossas idéias de salvação deveriam tambem ser remodeladas.

Duas salvações seriam requeridas, uma para cada alma, porque estão em diferentes planos de desenvolvimento, a concepção religiosa do Karma e reincarnação deverá também ser repensada, deixando de lado aqui o espírito superior, que é em teoria o mais velho e mais desenvolvido dos três.
Na maioria das religiões estamos acostumados a considerar Deus como trino, mas aparentemente perdemos de vista o homem como um similar tríplice. Esta é uma das razões para a harmonia em que viviam os membros desta cultura, o respeito humano era como um fator chave de suas vidas.

Todas as religiões misturam-se com magia, a oração seja ela qualquer é magia. Tudo o que fazemos para obter benefícios para nós próprios, nesta vida ou na próxima, é parte da magia. Magia é obter alguma coisa de fontes supra-normais.
O princípio do credo dos Kahunas, consistia em "não fazer o mal para ninguem" ,e com este preceito a religião ficou preservada moralmente até os dias de hoje, sem se desviar na direção do mal. A ciência Huna previa tanto o profundo conhecimento dos elementos da natureza quanto a psicologia humana.








Ana Rosa Figueira

Aloha,Aloha !!!




"As Receitas do Prazer", livro escrito por um psicólogo americano especializado em psicoimunologia, define: "Aloha tem muitos significados, entre eles amor, sopro sagrado, olá, adeus, mas a palavra também contém os fundamentos filosóficos da vida na Polinésia". Segundo o Dr. Paul Pearsall, autor do livro, os nativos da Polinésia fizeram coincidir, cada letra da palavra com a qual saúdam os estrangeiros, com um princípio ou uma lição. E com ela construíram uma espécie de equação de vida mais ou menos assim:

A=Ahouni: paciência, que se expressa na perseverança;
L=Lokahi: unidade com a terra expressa harmoniosamente;
O=Olu’Olu: concordância, que se expressa na afabilidade;
H=Há’aha’a: humildade, que se expressa na modéstia e na discrição;
A=Akahai: gentileza, que se expressa na ternura.

Tudo isto está lá, a cada vez que você pronuncia... ALOHA!!!

Aloha, Havaí, Polinésia... Os povos que moram no aglomerado de ilhas, agrupadas entre a pontinha da Ásia e a Austrália, estão lá há quase 30 mil anos. E embora as ilhas sejam tão coloridas culturalmente quanto numerosas, os estudiosos conseguem chegar a padrões comuns, que se revelam através dos mitos antigos, de muito antes da chegada das grandes religiões, como o islamismo, o budismo e o cristianismo.
Estes mitos falam da escuridão primordial que foi dando espaço à luz. Falam dos primeiros pais da criação, de seus filhos e de heróis humanos que compartilhavam com os deuses o poder e a autoridade espiritual, chamado MANA. O mana é o que mantém vivos os valores e preserva a harmonia dos povos polinésios. É o poder de saber a vontade dos deuses e de prever seus volúveis desejos. De curar e de compreender a mágica do mundo. Está presente nos cantos, nas danças, nos rituais, na reverência aos antepassados. E se, num primeiro momento foi privilégio de uma rede supercomplexa e hierarquizada de sacerdotes e xamãs, aos poucos foi se diluindo, diluindo, feito água preciosa, a ponto de fazer o historiador das religiões Mircea Eliade, falar em mediunidade coletiva dos povos da região.


Depois de dar alguma consistência aos meus conhecimentos sobre, o paraíso da minha infância , e embalada no ritmo marinho das melodias havaianas que consegui na Internet, voltei ao livro do Dr. Pearsall. Diferentemente do ideal de vida ocidental (no qual cada pessoa é ensinada a bastar-se a si mesma, e buscar sua realização pessoal), e do ideal de vida oriental (que enfatiza a busca da iluminação), a cultura polinésia ou oceânica ensina que, a base de uma vida alegre e saudável consiste em partilhar com outras pessoas o que essa vida tem de sagrado e prazeiroso. E é pelos caminhos desta subversão total que o autor vai nos levando, páginas à afora. Mas e se for mesmo possível? E se este tempo todo tivermos sido enganados ,e o caminho para a felicidade for mesmo o bem ou o sorriso do outro?


Pesquisas atuais indicam que aqueles que dão mais, acabam ganhando mais em termos de saúde e de cura mais efetiva. (...) O prazer saudável advém de querer o que se possui, ter e conseguir apenas o que se necessita, ajudando os outros a terem o que necessitam. Obter menos para permitir que os outros obtenham mais, e estar sempre pronto para ajudar às outras pessoas. Você, assim como eu, aprendeu a vida toda que precisava amar ao próximo como a si mesmo? Esqueça. O mundo do futuro pede de suas criaturas, um outro tipo de adaptação: precisamos aprender a colaborar, a compartilhar, a doar. Em resumo: a extrair nossa felicidade da felicidade do outro. Esta é nossa garantia, não só de sobreviver como espécie, mas de viver de forma mais saudável e plena como indivíduos.


Aliás, o próprio conceito de felicidade é reconstruído. De acordo com a interpretação polinésia-psicológica do Dr. Pearsall, a busca da felicidade só nos torna mais e mais infelizes. Nossa verdadeira meta deveria ser perseguir a harmonia e o equilíbrio. Na prática, isto quer dizer que a infelicidade é tão natural quanto a felicidade ,e que ela contribui para conferir significado e intensidade à felicidade. O prazer e o sentido da vida nascem de outra fonte. Do equilíbrio entre amar, trabalhar, divertir-se e curar. Assim, simplesmente. E como não estamos acostumados, estes conceitos assombram, deslumbram, fazem mesmo sonhar com outros jeitos de estar no mundo, mais simples, mais compassivos. E se fosse mesmo possível?


Ewehe i ka uauma i akea. Abra o peito para que ele se torne expandido, pede o Dr. Pearsall, garantindo que esta união tão 'sui generis' da mais moderna psicologia, com as antigas práticas espirituais destes povos coloridos de tanto mar, funciona, sim. E se fosse mesmo possível?
E como estamos falando de ilhas e de gente acostumada a deslizar sem medo por entre ondas fenomenais, nada mais natural que o psicólogo criar uma cartilha de bem-viver chamada Dez Caminhos do Navegador Contente que vou compartilhar agora com você:

1. Pense em você como um navegador singrando os oceanos da vida e não como um general lutando para viver;

2. Queira o que você já tem, em vez de almejar o que você quer ter;

3. Quando sua vida ficar muito estressante, em vez de lutar ou fugir, siga a corrente: mae e holo ana (acompanhe o fluxo), dizem os havaianos;

4. Procure possuir menos em vez de mais;

5. Procure fazer menos;

6. Diga não em vez de sim às oportunidades;

7. Desista de controlar;

8. Pense menos em vencer;

9. Pense menos sobre o tempo;

10. Pense mais na sua família e faça mais, muito mais por ela.






Aloha nui loa 🌸🌈








Ana Rosa Figueira

Circulação de Energia dos Kahunas




1º Estágio - Relaxamento: Relaxe o corpo, mente e emoções. O corpo deve estar solto livre de tensões ou dores, que possam interferir com a mente livre. A mente deve estar relaxada, aberta às impressões psíquicas. Se a mente estiver tensa não poderá focalizar os outros dois estágios. Tão importante quanto o relaxamento do corpo e mente é o relaxamento das emoções. Os Kahunas não trabalham se estiverem cheios de emoções negativas, pois estas atraem espíritos negativos da mais baixa espécie, que servirão apenas para aprisioná-lo.

2º Estágio - Mente Vazia: Esvazie a mente completamente. Todas as imagens, pensamentos e imaginação devem ser postos de lado. Quando a mente estiver vazia ela se tornará cheia de LUZ. Esta LUZ é chamada de KUKUI ou energia psíquica. Os Kahunas acreditam que KUKUI entra pelo corpo e enche a Lua Uhane (caverna do espírito), que está localizada entre os olhos. Se a mente não estiver complemente vazia, a LUZ não entra. A mente não ficando vazia pode causar obstáculos e distorções na meditação.

É uma técnica praticada pelos Kahunas que reforça seu poder de abençoar, com o aumento de sua energia pessoal "o Mana" (também conhecido como: Prana, Chi, Ki, Orgone etc).
Uma simples maneira de respirar usada para alterar, centrar, meditar e curar. Não requer local ou postura especiais, pode ser feita enquanto nos movemos ou parados, ocupados ou descansando, de olhos abertos ou fechados.

TÉCNICA:

Tome consciência de sua respiração.

Localize a coroa da cabeça (chakra coronário) e o umbigo (chakra sexual) pelo toque ou percepção deste locais.

Ao inspirar o ar, focalize na coroa da cabeça e ao expirar focalize o umbigo.

Quando você se sentir relaxado, centrado e energizado, comece a imaginar que está cercado por uma nuvem de luz ou por um campo eletromagnético, e que sua respiração aumenta a energia dessa nuvem/campo.

À medida que você abençoa, imagine que o objeto de sua bênção está circundado com a mesma energia que você.


VARIAÇÕES:

Ao invés de coroa e umbigo, mude sua atenção de um ombro para o outro ombro ou do céu para terra. Para ajudar a focalizar o campo de energia imagine-o colorido, com um tom, acorde ou zunido.




Mahalo nui loa 🌸🌈






Ana Rosa Figueira

A Cultura dos Kahunas



O primeiro ocidental a desvendar os segredos da filosofia de vida dos havaianos (Huna) foi o americano Max Freedom Long. O cotidiano ancestral já havia sido destruído por missionários religiosos e pela invasão de valores ocidentais há um bom tempo quando ele chegou ao Havaí, em 1917. Depois de 18 anos mergulhado em seus estudos nas áreas da psicologia e da etimologia, Long chegou à conclusão de que havia uma filosofia psico-religiosa, por traz do dia-a-dia ancestral e do simples ato de surfar.


A língua havaiana não é apenas um idioma, e sim um verdadeiro raciocínio lingüístico. Cada palavra é um "cacho" de significados, indicados pelos contextos em que se encaixam. Não existia um profano dissociado do sagrado, ou vice-versa. Um exemplo: em nossa sociedade, ora buscamos dinheiro, ora buscamos Deus, numa proporção cada vez mais descompensada. Os havaianos buscavam os dois o tempo inteiro. Tudo que eles faziam era com devoção.


Eles viviam na eternidade do agora, como sugeririam Eckhart Tolle, Deepak Chopra, Dalai Lama e os demais "gurus" de hoje. Na sabedoria havaiana, o aqui e o agora de cada tarefa do cotidiano, é o único território onde a fusão entre o profano e o sagrado, pode ser efetivamente realizada e perpetuada. Talvez a maior prova disso seja o fato de que, na língua havaiana não há termos para o futuro ou o passado.
As atividades do cotidiano (plantar, colher, construir, surfar…), por mais diversas que aparentem ser, são unidas no plano sagrado por "segundas intenções espirituais", que todas as tarefas têm em comum. Elas são a busca de uma energia metafísica que o havaiano chama de "mana". Essa energia, ignorada pelo mundo ocidental, é cultuada pelo mundo oriental na forma de "prana" na Índia, e de "chi" na China. Cada uma dessas três tradições considera essa energia vital, o alimento primordial da alma, que também sustenta o corpo.

A Filosofia

Huna quer dizer: Segredo, não no sentido de manter algo oculto, mas sim de descobrir um sentido mais profundo da nossa existência.
Conhecimento oculto ou realidade secreta é a realidade mais difícil de ser vista. Também significa princípio feminino somado ao princípio masculino, o que corresponde à manifestação da vida.
Leinani Melville diz que Huna é "profundidade". Serge Kahili King define Huna como “o que é oculto ou o que não é obvio; nome dado ao conhecimento dos Kahunas, filosofia de realização, utilizada em qualquer contexto, pessoal,científico, religioso".
Max Freedom Long assegura que "qualquer associado da Huna não deve desistir de sua fé tradicional, pois Huna é uma ferramenta, que pode ser usada por todos a qualquer hora em qualquer contexto." E esta definição é a mais correta e a que é mais aceita pelos que praticam o Kahuna!

Conceitos

1. A parte teórica nos diz que o ser humano é formado de três espíritos ou aspectos independentes entre si, mas interligados nas ações, quando um depende do outro para se desenvolverem e de um corpo físico quando reencarnados. Existe uma energia que chamamos de “mana” que é o elemento de coesão entre os três, tendo cada um sua própria mana. O corpo é uma imagem manifestada dessa coesão por meio de uma substância. Essa substância de origem divina permeia todo o universo e em consonância com a mana, torna possíveis as manifestações – a qual se denomina “substância aka”. Para que isso ocorra, cada espírito possui um corpo-aka que ,lhe é peculiar, e tem funções determinadas. Sendo a Huna uma teoria de transformações, costumamos denominar cada um desses elementos pelos seus nomes na Língua Havaiana.

Esses conceitos chegaram até nós por intermédio dos estudos de Max Freedom Long, Serge Kahili King e outros, que buscaram na antiga tradição havaiana os elementos teóricos. Essa conceituação teórica se sintetiza na prática no que se denomina “Prece Ação”.
Como todo sistema é arbitrário e relativo por ser interpretativo, a Huna também o é. Isso nos dá a liberdade de sermos ou não adeptos da Huna, conforme nossa interpretação desses ensinamentos.

2. Na parte prática, temos entre outros elementos, a Prece Ação já citada acima, com a qual obtemos bons resultados. Ela é usada principalmente, para curas e alívio de qualquer tipo de sofrimento. Obtemos resultados eficazes, pelo fato de trazer um enfoque diferente de como se deve fazer uma prece. Isso só se torna possível depois de conhecermos os conceitos da Huna. A leitura atenta e livre dos Evangelhos, nos mostra que esses princípios da Huna não foram esquecidos por Jesus.
A parte prática da Huna está concentrada no xamanismo. O xamanismo ensinado pela Huna refere-se ao Xamanismo Havaiano. Tudo começou quando se reuniram grandes mestres Kahuna para sintetizarem os ensinamentos em alguns princípios, que pudessem traduzir o pensamento e as atitudes ,que deveriam ter aqueles que se dedicassem a usar a Huna.

Princípios

O princípio básico da Psicofilosofia Huna é não ferir, isto é, não causar sofrimento a si mesmo, aos outros e à natureza.
Podemos evitar isso não nos omitindo nas situações que exigem de nós atitudes coerentes, que promovam o nosso equilíbrio e do meio em que vivemos. Não devemos nos exceder em ocasiões, em que depende de nós um bom senso, para que tudo transcorra serenamente. Não podemos permitir que sejamos usados para ações que causem prejuízos por exacerbação das mesmas. Qualquer ação que pratiquemos depende de uma intenção; assim, é a intenção a mãe de todos os problemas e virtudes que acontecem. Concluímos então, que é na intenção que está tudo que praticamos na vida e, é nela que devemos focalizar toda nossa atenção. Para que não caiamos na omissão ou no excesso, que nos conduzem ao desequilíbrio físico e mental, quando praticamos ações que provocam sofrimento e danos a nós mesmos e em geral.
Assim sendo, é a intenção o alvo de nosso “orai e vigiai” para que possamos crescer e evoluir na constante busca da felicidade. A Huna tem princípios e ensinamentos que nos ajudam nessa busca de uma maneira mais suave e simples, deixando de ser o sofrimento o paradigma de crescimento e evolução.




Mahalo nui loa 🌸🌈






Ana Rosa Figueira



A palavra Kahu significa guardião e Huna : segredo. o verdadeiro significado da palavra kahuna é: "Aquele que é um expert em sua profissão".
Os Kahunas eram especialistas em: agricultura, construção de cabanas e barcos, pesca, astronomia, religião, medicina, psicologia e outras áreas do conhecimento. Seria o atual P.h.D.

Antes da colonização européia a antiga sociedade havaiana, isolada do resto do mundo, desenvolveu seus sistema religiosos, com uma profunda compreensão espiritual do indivíduo e do universo. O kapu ou tabu regrava a fechada sociedade havaiana, que possuía um profundo senso de família.

TIPOS DE KAHUNAS


Kahuna ha'i'olelo: Especializado em pregações itinerantes.

Kahuna ho'oulu ai: Especializado em agricultura.

Kahuna kalai: Especializado em gravuras e esculturas.

Kahuna kali wa'a: Construtores de canoas.

Kahuna kilokilo: Pregadores; interpretam presságios observados do céu.

Kahuna lapa'au: Especializados em medicina e cura.

Kahuna pule: Pregadores, pastores, sacerdotes e oradores.

Kahuna pale: Especializado em desfazer a magia praticada por um mago negro

Kahuna po'i uhane: mágicas. Místico especializado em atrair, e aprisionar espíritos.

Kahuna ki'i: Zelador de imagens (totens, estátuas, etc). Sua atribuição era de embalar, envernizar e armazenas as imagens. Responsável pelo transporte durante as batalhas à frente do chefe em comando.

Kahuna na'au ao: Erudito sacerdote, que instruía iniciados e noviços dentro do conhecimento e práticas.


ARTES PRATICADAS PELOS KAHUNAS


Ho'o-pio-pio: Uso de encantamentos para levar ou trazer a morte, bem como vários eventos mágicos.

Ho'o-una-una: Arte de afastar uma entidade demoníaca espiritual em missão de morte.

Poi-Uhane: Maestria em capturar espíritos.

One-one-ihonua: Maestria em preces especiais de serviço.

Nana-uli: Arte de fazer profecias do tempo.

Kili-kilo: Adivinhação

La'au lapa'au: Sacerdotes da saúde que trabalhavam com ervas. Curavam ossos quebrados e outros traumas instantâneamente ou em alguns dias, através de preces ou processos esotéricos.

Kuhi-kuhi puu-one: Mestre de obra. Instaladores e arquitetos dos heiau ou templos.

Makani: Sacerdote dos ventos, com poderes sonbre espíritos místicos.

Ho'o-noho-noho: Eram condutores de espíritos de pessoas falecidas. ajudavam os espíritos a elevarem-se até a divindade.

Kahuna Haapu: Médico

Kahuna Haka: Diagnosticador

Haha paaoao: Pediatra

La'au Kahea: Psicólogo



Princípios em que os Kahunas se baseavam


A palavra ALOHA é composta de alguns princípios:

A de ala - ver a vida de forma a estar sempre alerta

L de locahi - trabalhar com unidade (corpo,mente e espírito)

O de oiaio - Honestidade

H de ha'aha'a - Humildade

A de ahonui - Paciência e perseverança


Segundo os Kahunas, quando se aprende estes princípios se encontra com Deus.


MANA

Os Kahunas acreditavam que o mana é recebido do céu através da prece. Deve-se rezar constantemente e enviar estas preces para o seu Aumakua , o espírito guardião antepassado. O Aumakua vivendo no Céu, olha por sua criança da Terra e intercede através do seu divino poder espiritual.

DUALIDADE

Para os havaianos existem duas grandes forças, a alta (boa, elevada em direção a evolução) e a baixa (baixa vibração, negativa e involutiva). Os termos aqui descritos como negativos ou positivos, está sendo usado sem definir boa ou má e simplesmente como polaridades.

O mundo material é considerado parte negativa. o mundo espiritual é considerado parte positiva. A lei do amor de deus á manifestação da unidade e da harmonia. Quando trouxemos a parte positiva, ou seja, unidade e harmonia, para a parte negativa, que é o mundo material, nós obteremos a verdade. O desejo pessoal é negativo e as leis de Deus são positivas. Quando soubermos unir o desejo pessoal e o amor juntos, aí se fará a luz! Deus nos iluminará e nós desfrutaremos a verdadeira felicidade.


POLARIDADE


Toda a vida é a união das polaridades, positiva e negativa, mas existem dois tipos de forças telúricas ou forças negativas. A polaridade negativa ou telúrica elevada que é representada pelas forças da natureza, trabalha em harmonia e em benefício da humanidade. A polaridade negativa baixa é a força telúrica de destruição e do egoísmo.

Um Kahuna deve conseguir aprender a distinguir entre alta e baixa. Ele deve aprender a controlar a baixa telúrica. Não deve voltar atrás em seu caminho, deixar-se envolver, senão estará abrindo as suas defesas para o ataque da ignorância. Caso isto ocorra ele não escapará dos baixos impulsos ficando doente pelas baixas influências.






Aloha nui loa 🌸🌈






Ana Rosa Figueira

Origens Xamânicas do Surf




Há registros de que as primeiras ocorrências conhecidas do surf estão ligados à antiga tradição havaiana dos Kahunas. Porém há um pensamento controverso de que o surf poderia ter sido originado no Peru, na Ilha de Uros. Alguns antigos nativos do Havaí, acreditam que seus ancestrais seriam descendentes dos Incas. A prática era chamada pelos polinésios de "He'e Nalu" (deslizar sobre as ondas) uma celebração permanente de adoração ao oceano.


He'e : templo, lugar santo
Nalu : onda, meditação
"Na": paz, serenidade


Nalu indica a interação com as ondas, que através do equilíbrio interior encontra o equilíbrio exterior, e as divindades, que se expressam nas erupções vulcânicas (Principalmente a Deusa Pele), ciclones, marés fortes. O "He'e Nalu" é uma invocação que faz o mundo um "heiau "(um templo, um lugar sagrado) que reúne os" Manas "(energia vital) para alimentar a "Aumakuas" (centelha divina).

Os Kahunas acreditavam que a energia Mana ( energia vital ) é recebida do céu através da prece. Deveria-se rezar constantemente e enviar preces para Aumakua, o espírito guardião do passado. O Aumakua vivendo no céu, olha por sua "criança" da Terra, e intercede através do seu divino poder espiritual.

Iniciava-se com a escolha da árvore para ser transformada em prancha. O "kahuna" invocava os espíritos, escolhia uma árvore onde percebia o "mana", entoando canções de poder, honrando e pedindo perdão ao espírito da árvore, pelo sacrifício. Com um machado de pedra abria-se um buraco entre as raízes para ser colocada uma oferenda (peixe) e orava-se para os deuses.

Conta-se que além da cerimônia religiosa de corte da madeira, também havia uma cerimônia para a confecção das pranchas, e acabamento, feito pelos mestres artesãos. Para escurecer e dar brilho à madeira, era usada a planta Ti e óleo de nozes. Seu nome científico é Cordyline Terminalis . Entre suas várias cores, as mais comuns são a vermelha e verde. Ti, como é conhecido nas ilhas, é uma das plantas típicas do arquipélago havaiano. Faz parte da vida e da cultura do povo. No Brasil é encontrada nos jardins como planta ornamental.

No passado, os havaianos usavam as folhas de Ti para cobertura e construção das rústicas cabanas. Nas oferendas aos deuses, costume que se pratica nos dias atuais , o Ti envolve pedras vulcânicas, frutas etc., deixadas pelos nativos nos templos (Heiau) em presentes oferecidos a Deusa Pele, no vulcão Kilauea. Os Kahunas, utilizavam as folhas de Ti em rituais de magia, e banhos de purificação que serviam para afastar entidades astrais inferiores. Atribuíam ao Ti o poder de proteger, contra influências espirituais negativas. A planta ainda é usada em cerimônias para livrar dos ataques de magia negra.

Os kahunas (xamãs) eram solicitados para invocarem as ondas do mar, através de cânticos. Contam-se casos em que as invocações produziam altas ondas. Parece inexplicável como os antigos polinésios navegavam milhares de extensões, através do oceano com canoas sem nenhuma aparelhagem, se não acreditarmos nessa especial conexão deles com seus espíritos.

Eles não tinham um estudo minucioso das ondas ou do tempo, interpretavam intuitivamente. Os polinésios cantavam quando viam as altas ondas o pohuehue. Se as ondas estavam muito baixas eles vibravam folhas de pohuehue, batendo nas águas, para atrairem as ondas.Eles usaram a mesma técnica para evocar condições de oceano perigoso para matar seus inimigos em canoas.

Pohuehue (Ipomoea pes-caprae - Morning Glory - encontrada nas praias de Santa Catarina, conhecida como salsa-da-praia, cipó-da-praia ), cresce ao longo das prais e dunas de areia até 16 metros de comprimento, acima da linha dágua e absorve a agua salgada. As folhas têm a forma de coração invertido. As flores tendem a abrir pela manhã. A planta é usada em rituais afro-brasileiros de iniciação. As folhas, maceradas são usadas para berber e tomar banhos.

Nos tempos antigos, os surfistas, balançavam as videiras em torno de suas cabeças e traziam para baixo com força na água e cantavam para as grandes ondas se levantarem. Em pequenas quantidades as raizes eram usadas como alimento, e como ingrediente em preparações para pessoas com problemas pulmonares, entorses e para limpar o sangue. Brotos eram comidos por mulheres grávidas, e as hastes eram batidas nos seios de mulheres que acabavam de dar a luz. A seiva era a ajuda do Deus Ku e Deusa Hina para aumentar o leite materno.

Havia uma grande relação com o oceano, por si só uma enorme fonte de "mana". O fato de estar imerso nele já propiciava um bem-estar ao corpo e à alma do surfista. O Ali'i, ou chefe do povo havaiano, possuía suas orações e pranchas especiais, de maneiras especiais. Também ia a praias privadas onde surfavam apenas com pessoas do seu mesmo grau.

Eles tinham excelente forma física, e conheciam os ritos religiosos e cânticos tradicionais e canalizavam a maioria das canções. Os cânticos tinham a ver com surf e surtiam efeitos físicos, e metafísicos na mente e corpo. Eles inspiravam o surfar na vida social, e espiritual dos antigos praticantes havaianos.

Nos primórdios o surf no Havaí era um acontecimento profundamente espiritual, a arte de deslizar nas ondas, e a rezar para surfar bem, Para os havaianos, o surf era uma coisa sagrada e envoltos numa complexa rede, de obrigação e tabu (kapu). Haviam competições individuais de habilidade nos grandes festivais religiosos, como a Lono Makahiki ( festival de quatro meses) que celebravam plantas cultivadas, alimentos, a desova dos peixes, e fertilidade em geral

Através de petroglifos de surfistas, esculpidos na paisagem de pedras vulcânicas, e cânticos que contam as histórias dos grandes feitos surf, ao longo das gerações, alguns acreditam que o surf pode ter começado muito antes da cultura polinésia.

O sistema Kapu também determinou como, porquê e com que materiais deveriam ser feitas pranchas. Conta-se que após a chegada do homem branco (Capitão Cook), final do séc.XVIII, a cultura foi desmantelada. Chegaram os missionários, colonizadores, comerciantes, um número crescente de estrangeiros, exploradores interessados em terras que só desrespeitavam as antigas tradições. Até o início do séc. XIX, o surf estava se extinguindo, voltando à popularidade no final do séc.XX

O Surf não era apenas um ato religioso e passatempo para velhos líderes, servia como um exercício destinado a manter os chefes em condição física superior, e como um sistema de resolução de conflitos. Através do surf as pessoas alcançavam e adquiriam um status. Os surfistas renomados desfrutaram de privilégios especiais em reuniões

Na prática pode-se aprender a mergulhar no eu, a seguir o fluxo, ter a humildade e a confiança de se deixar levar. Aguça a intuição e a concentração, dá a coragem para vencer, os limites do medo e do desconhecido, e os sentidos ficam apurados.

Alguns praticantes afirmam que, surfar é a coisa mais próxima de voar, que o ser humano pode alcançar. Os momentos nunca se repetem, as ondas não são iguais, o movimento muda e o oceano dita as regras.




Aloha nui loa 🌸🌈






Ana Rosa Figueira

Deusa Pele




A Casa Da Deusa

A cratera do vulcão Kilauea está localizada no Parque Nacional dos Vulcões, no sudeste da Grande Ilha Hawaii. Apresenta-se em um espetáculo de poder e grandeza, e é o vulcão mais novo e o mais ativo do arquipélago. O foco dos abalos sísmicos registrados são no poço de fogo Halemaumau. O poço é um lago de lava derretida, que borbulha em uma caldeira, com área de 10 quilometros quadrados, no topo da montanha. A temperatura da lava pode atingir 1.200 graus célcius no centro do jorro, e nas ondas vermelhas mais escuras, chega à 650 graus . Chaminés lançam grandes blocos de pedra e toneladas de cinza. 

Prevalece, em geral, uma lava fina e fluída que escorre em forma de rios. Esta lava é chamada pelos havaianos de POHOEHOE, que significa rio de lava mole. Os rios de lava podem chegar a alcançar uma velocidade de 55 km/h, em uma distância de 20 quilometros, até se solidificarem. A lava mais espessa, que move-se lentamente, é chamada de AA. Quando estas correntes de lava atingem o mar, no sopé do Kilauea, dá-se o processo de formação de novas terras.

Lendas

Antigas lendas havaianas atribuem as explosões dos espetáculos geológicos do vulcão Kilauea à presença de Pele. Deusa muito temperamental e habitante do Kilauea, há muito tempo atrás, veio para o Havai construir sua casa. Pele gostava de viver em poços profundos e cheios de fogo. Cansou de viver na Ilha Kauai e foi para a Ilha Oahu. Depois mudou-se várias vezes, criando as ilhas Molokai, Lanai e Maui. Hoje, vive na Ilha Hawaii, conhecida como Big Island, onde impôs sua presença com seus ataques de mau humor. No Kilauea, Pele fez sua morada. 

Os havaianos costumam dizer, que se pode ver Pele nadando na alaranjada lava incandescente. Para os incrédulos, mostram fios de cabelo de pele encrustados em porções de lavas endurecida. Presentes à Deusa, eram oferecidos nas correntes de lava incandescente. As oferendas eram diversas: carnes,frutas, entre elas o pequeno ohelo. No choque do rio de lava com o mar, há o confronto de elementos.E na beira da praia, água morna aquecida pelo calor do Kilauea.

No Havai tem um ditado que diz: Cuidado com as velhas, pois uma delas pode ser Pele!!!

Diz uma lenda que um grande chefe chamado Kaha-Wali gostava de andar de trenó. Com falta de neve por perto, somente existente em picos quase inacessíveis, do Mauna Loa e Mauna Kea, os havaianos divertiam-se deslizando nas íngremes encostas cobertas de grama seca. Usando trenós compridos e estreitos, com lâmina de madeira de lei envernizada, atingiam grande velocidade, chegando a chamuscar a grama. Um dia, quando Kaha-Wali se divertia no Kilauea, aproximou-se uma mulher feia e velha que lhe pediu o trenó. Imprudentemente, Kaha Wali negou-se, sem saber que ela era Pele, a Deusa dos Vulcões. Pele gostava de andar entre os mortais como uma anciã. Sem saber, Kaha-Wali ao desprezar o pedido de Pele, a enfureceu.

Os olhos de Pele transformaram-se em brasas e seus cabelos em labaredas. Expressando sua raiva bateu o pé no chão abrindo uma fenda por onde jorrou lava. Kawa-Wali meteu-se no trenó e desceu a encosta como um louco, perseguido por torrentes de lava derretida comandadas por Pele. Quando o trenó perdeu o impulso, se pôs de pé e correu em direção ao oceano. No caminho cruzou com sua mãe e gritou: "Que a senhora receba o perdão, porque a morte deve estar à caminho. Pele vem devorando tudo !!!

Depois encontrou sua esposa, que pediu para que ficasse com ela, para que morressem juntos. Kala-Wali agradeceu, mas continuou correndo. Passou por seu porquinho de estimação, chamado Aloi-puaa, parou para saudá-lo com um afago esfregando seu nariz em seu focinho, mas não demorou. A um passo na frente da lava, chegou até a praia, pulou em sua canoa e salvou-se, enquanto Pele furiosa atirava-lhe pedras.

Quando os visitantes incrédulos escutam estas lendas, os havaianos em resposta mostram a colina exata onde havia ocorrido o incidente. Uma cratera negra e sombria de cerca de 30 metros de altura, com uma rachadura na borda da face em direção ao mar, onde se nota a corrente de lava. Além da mãe, a esposa e porquinho de Kawa-Wali foram transformados em pedra pela lava. Em uma baia podem-se ver enormes pedras. Esta é maneira folclórica que revela a forma simples, do povo havaiano, de interpretar e retraçar fatos, mitos e lendas e a formação das ilhas.



Aloha nui loa 🌸🌈






Ana Rosa Figueira




PAHU - Tambor- Som de Poder




PAHU - tambor em havaiano é instrumento de percussão além de um símbolo sagrado de poder. Os havaianos descendem de antigos polinésios e sua rica cultura foi criada através de gerações no Havai. O Pahu, tambor havaiano, é feito de madeira e coberto com pele de tubarão. Usado desde tempos remotos, é um típico instrumento ritual e tradicional de musica e dança. A música por ele produzida, representa os princípios fundamentais dos havaianos, a percepção do tempo, e a sincronização da musica tradicional.

A presença física do pahu, representa nos dias atuais, a ligação com antigas tradições no Havai. O som preserva a histórica "literatura tradicional" do Hawaii. O tambor, foi trazido do Tahiti para o Hawai por La'amaikahiki em torno de 1250 a.C. "sounding over the oceans".

Pahu é conhecido no Haiti e em outras partes da Polinésia Central. Era o instrumento dos Ali'i (chefes) e usado nos templos (heiau), em rituais e na Hula Kapu (danças sagradas). Acredita-se que La'amaikahiki introduziu dois tipos de tambores no Havai. O grande Tambor - Pahu Heiau - usado nos rituais dos templos, e o pequeno tambor de dança - Pahu Hula

Na tradicional literatura musical do pahu, o som produzido pelo tambor se chama Leo, "a voz". A parte superior onde se bate chama-se Waha ou "boca". Durante a prática de rituais ao ar livre nos templos, Pahu era o instrumento através do qual os deuses falavam através de Leo, "a voz".

Corre ainda hoje por todas as ilhas, que as vozes do Pahu Heiau são ouvidas em certas noites, nos restos arqueológicos dos templos. O tradicional Pahu é entalhado em uma única peça de madeira, geralmente de um coqueiro ou a árvore fruta-pão. A câmara de som está entre a bacia, coberta com pele de tubarão na parte superior, e na base entalhada em arcos na parte inferior. A membrana de pele de tubarão é amarrada por cordas entrelaçadas na base dos arcos.

O Pahu era usualmente batido com as duas mãos e para produzir sons mais fortes, eram usadas baquetas feitas de tiras de pele de tubarão, chamadas Puniu ou Kilu ou pequenas varetas de madeira chamadas Ka. Pahu era feito com muito cuidado, cada etapa da construção, era acompanhada por cantos e preces especiais.

Acreditava-se que o poder das preces uniria a pele de tubarão à madeira, e as amarras para sempre. A membrana da pele de tubarão que o cobria, era esticada e amarrada com cordas trançadas de tiras de pele de tubarão chamadas de Aha. Estas tiras eram presas entre arcos esculpidos na base. As linhas dos arcos invertidos escavados na base Hoaka, simboliza a figura humana com os braços estendidos acima da cabeça. é uma visão poética que representa o homem sob a sombra dos deuses.

Era dado ao Pahu nomes próprios, passados de geração em geração. Pahu era considerado um objeto de Mana (poder) e Kapu (santidade), produzia sons que carregavam o conhecimento de gerações de allí'i (chefes) e Kahunas .

Pahu Heiau era batido por um Kahuna dentro do Heiau, sinalizando as atividades de um conjunto de cerimônias, podia significar o nascimento de um chefe, acompanhado de preces e ritos dos Kahunas e Alli'i. Palu Hula era também usado por Alli'i ou seus representantes, a fim de acompanhar os movimentos da Hula Kapu.

Provavelmente chamava-se Haá, o termo mais apropriado para os movimentos da dança. Em 1819, houve a queda da religião tradicional, e da abolição do sistema Kapu havaiano. Adotou-se o cristianismo introduzido pelos missionários da Nova Inglaterra. Em 1820, o papel teatral de pahu foi gradualmente transferido para acompanhar Hula'auana (dança popular). Remanescente do kapu, o ciclo do aprendizado da dança continuou. Depois de 1820, Palu Heiau não era mais usado abertamente, mas em menor escala ou ocultamente. Com a proximidade do século XX, as tradições musicais e de dança, exceto de palu hula, desapareceram.

A MUSICA DO PAHU

A tradição musical havaiana é essencialmente vocal. Instrumentos de percussão musical nunca são tocados sozinhos, mas sempre acompanhados de cânticos e dança. O Mele*- cântico em poesia, era executado em uma variedade de estilos musicais, cada um com uma particularidade. Eles eram escolhidos de acordo com a função apopriada para a ocasião. 
*Mele Pule, os cânticos de preces, eram endereçados aos deuses e aos descendentes de Alli'i. Mele pertencia individualmente a cada um , que o recebia como uma herança passada de geração em geraçãos na família. A família e seu mele estavam associados ao lugar onde viviam e o lugar à que pertenciam.

O cântico endereçado à pessoa do chefe, particularmente aos altos chefes, guardavam genealogia, nascimento, história, descendentes e os sagrados atributos individuais. Tudo isto caracterizava o sagrado e poderoso mele pule. Os cânticos podiam ser executados em dois tipos:


* Mele Oli, cânticos executados sem instrumentos de acompanhamento e dança.

* Mele Hula, cânticos com instrumentos que acompanhavam as ocasiões de dança.


O Mele Hula Pahu, cânticos com dança e tambor de pele de tubarão, deviam ser formais, sagrados e endereçados aos deuses e aos altos chefes. Eles eram freqüentemente introduzidos por Mele Pule, acompanhado também por procissão e dança, Hula Ka'i que eram cantadas no estilo Oli, na qual o ritmo do texto dos cânticos, não coincidem com as batidas do tambor. A própria Hula é cantada em um estilo muito similar ao oli, mas nele o texto e a dança coincidem com o ritmo do tambor.

Alguns tipos de Mele Pahu eram excessivamente sensuais remanescentes das antigas práticas, chamadas Ume - jogos sexuais usados pelos chefes caracterizados pela performance de mele e hula pahu. Os tipos de ritmos usados com tambores eram provavelmente numerosos. Deste universo musical só dois tipos foram preservados, estes sinalizavam o nascimento dos chefes do heiau. Estes dois tipos foram preservados, graças à uma gravação feita em 1945 pelo Museu Bishop de Honolulu.




Aloha nui loa 🌸🌈








Ana Rosa Figueira

TI Sagrado





Ti, como é conhecido nas ilhas, e uma das plantas típicas do arquipélago havaiano. Faz parte da vida e da cultura do povo. No Brasil é encontrada nos jardins como planta ornamental. Seu nome científico é Cordyline Terminalis . Entre suas varias cores, as mais comuns são a vermelha e verde.

APLICAÇÕES

No passado, os havaianos usavam as folhas para cobertura e construção das rústicas cabanas. Nos dias atuais o Ti faz parte dos eventos ,festividades e decoração das casas havaianas. Como enfeite , pode ser costurado e vestido na forma de saia, ou usado no corpo como adorno para cabeça, braços e pernas.
É útil também na confecção de embalagens e transporte de alimentos. Envolve alimentos no cozimento de pratos típicos, participando também no servir das fartas mesas de Luau, a tradicional festa havaiana. Fermentadas, as raízes do Ti fornecem uma bebida muito popular e apreciada ate hoje nas ilhas.

OFERENDAS

Nas oferendas aos deuses, costume que se pratica nos dias atuais , O Ti envolve pedras vulcânicas, frutas etc., deixadas pelos nativos nos templos (Heiau) em presentes oferecidos a Deusa Pele, no vulcão Kilauea.


KAHUNAS

Os Kahunas, xamãs havaianos, utilizavam as folhas de Ti em rituais de magia e banhos de purificação que serviam para afastar entidades astrais inferiores. Atribuíam ao Ti 0 poder de proteger contra influências espirituais negativas. A planta ainda e usada em cerimônias para livrar dos ataques de magia negra.

Max Freddon Long escreveu em seus livros, sobre a temida "Oração da Morte", praticada na maioria dos casos por sacerdotes negros. A vitima quando atacada sofria de um paralisia , que iniciava nos membros inferiores subindo ate o tronco, atacando o coração e provocando a morte.


RITOS E MAGIA

O livro Kahuna Laáu Lapaáu, de June Gutmanis, descreve o uso do Ti em rituais Kahunas:

... "Passadas algumas horas,o primo (Kahuna), retornou do quarto com o menino carregado em um braço e no outro um feixe de folhas limpas de Ti. Uma por uma o primo deitou as folhas verdes de Ti em uma esteira limpa no chão no centro da sala. Sentou-se no centro do círculo de folhas, pegou uma cabaça aberta e começou a rezar. Durante a cerimônia, o menino, um haole, (estrangeiro), caiu algumas vezes. Após algum tempo, o Kahuna concluiu que o menino estava sendo atacado por magia negra. A magia negra era proveniente da baixa ordem dos sacerdotes havaianos. Estes rezavam para que pessoas morressem. Ainda sobre a esteira e no centro das folhas verdes, estava imóvel ereto no seu altar.
Trouxe uma cabaça com água salgada e raízes de oleha. A água salgada do mar e conhecida, desde os tempos ancestrais, pelos havaianos, como agente puriflcador. A raiz de oleha tem o poder de afastar o mal. O Kahuna colocou raízes de oleha dentro da cabaça com agua salgada e adicionou folhas de Ti. Com a cabaça em sua frente rezou silenciosamente. Rezou de forma longa e ardente. A oração era endereçada aos Deuses de sua família. Pedia a purificação de sua mente, mãos e corpo, para que não interferissem no tratamento. Ao encerrar as preces, agitou os pedaços de oleha na agua salgada, andou em torno do paciente borrifando a agua consagrada sobre ele, sobre a sua cama, no teto, nas paredes e no chão..."


FLORAIS


As Essências Florais, descobertas pelo medico inglês Edward Bach, hoje são conhecidas internacionalmente e usadas como um método alternativo(complementar), no tratamento de desequilíbrios emocionais do Eu Básico.
Inúmeros Kits florais , elaborados à partir de flores de vários países, são utilizados por terapeutas, medicos psicólogos etc. No Kit de "Essências Florais Endêmicas Havaianas" uma das essências é feita do Ti. Esta essência possui as seguintes características:

"....E uma essência muito poderosa,que afeta os corpos da alma, astral e etérico. Ela forma um escudo protetor e forma de "T" (daí o nome), para repelir entidades malignas do plano astral inferior, que obsediam o corpo astral das pessoas. Uma conexão de luz instantânea é feita do corpo ,da alma da pessoa até seu corpo astral e o nível astral é inundado com a Divina Luz, que provê o corpo da alma. A fonte dessa energia é o corpo da alma, naquela ocasião em particular, e ela alinha os corpo da alma, astral e etérico, assim como projeta um escudo protetor ao redor do corpo astral.

Essa essência age mesmo quando o corpo astral está sendo obsediado por uma entidade do plano astral inferior e, ao preencher o corpo astral com a "Luz da Alma", instantaneamente repele qualquer entidade invasora ou obsessora. Levará algum tempo até tal entidade partir em definitivo(especialmente se a obsessão for substancial), mas cada vez que a essência é tomada, o agarrar da entidade invasora é reduzido".

Quando o corpo etérico é trazido ao alinhamento com o corpo da alma há uma liberação instantânea de tensão nervosa (que as entidades astrais produzem) e a energia nervosa harmonizada com o Ser Superior. As pessoas com uma vasta gama de problemas nervosos tais como exaustão nervosa, inquietude e insônia se beneficiam com esta essência . É particularmente boa para tratamento do estresse, e também para lidar com casos psíquicos de obsessão astral,até em animais de um modo geral. Comportamentos estranhos em certos animais podem ser causados por entidades do plano astral inferior . Além de ser um modo de cura , também é um tônico para problemas nervosos, em animais e humanos. Serve para trabalhar ambientes psiquicamente carregados e para retirar feitiços ou maldições.




Aloha nui loa 🌸🌈







Ana Rosa Figueira

Centros de Força




Fios AKA: fios de conexão da substância do corpo sombreado (Kino Aka). Nele pode transitar a força vital (Mana). É empregado no seu escoament, as formas Pensamentos, orações, preces para a cura, etc.
No desenho o fio Aka está indicando a sequência da Preçe-Ação.

Formas pensamento: são Formas dadas por pensamentos à uma porção de essência elemental.

Kahi: os Centros de Força

Na tradição e prática de cura dos Kahunas, identifica-se quatorze pontos de energia ou centros do corpo. Chamados de Kahi estão: Na coroa da cabeça, no peito, no umbigo, no osso púbico, nas palmas das mãos e na sola dos pés. As chamadas quatro esquinas são os ombros e os quadrís.
Os centros adicionais são : a sétima vértebra cervical a saliência no final do pescoço) e o cócix. Assemelham-se estes centros de força pi fonte de energia, aos chackras da tradição oriental.

COMO USÁ-LOS

Coloca-se os dedos ou a palma da mão (qualquer uma), em um centro de força. a outra mão em um ponto de "liberação", área do corpo com tensão dor, ferimento ou qualquer situação em desarmonia. Em alguns casos pode ser até um centro de força.

Dor de cabeça: coloca-se os dedos onde há dor. Os dedos da outra mão na base a coluna ou umbigo.

Dor de estomago:
coloque a mão suavemente no estômago e outra no pescoço (7 cervical).

Focalize tomando consciência das palmas das mãos simultâneamente, enquanto respira profundamente. A prática tornará tudo natural. Na fase de aprendizado imagine um arco -íris fazendo fazendo a ligação entre as palmas. pode-se aplicar em sí mesmo ou outra pessoa. Muitas vezes quem aplica poderá ser orientado pela intuição (Aumakua) onde colocar as palmas das mãos.

Use a frase:

"Seja consciente, seja livre, seja focalizado, seja amado, seja forte, seja curado."





Texto transcrito das aulas de Filosofia Huna do Prof Ademar Eugênio de Mello "in memorian"



🌸🌈Mahalo nui loa








Ana Rosa Figueira










Redescobrindo a Huna





Ao longo da história alguns iluminados como Buda, Moisés e Jesus nos devolveram os princípios que regem o universo. Ao longo da história, também,estes simples princípios foram expandidos e distorcidos segundo seus seguidores e as religiõesfundadas com bases nos ensinamentos de seus Mestres. Parece que o homem propositadamente complica seu próprio caminho por achá-lo simples demais como foi exposto pelos Mestres.

O ponto de união entre a grande maioria das religiões é a crença na natureza espiritual do homem. A alma pede por experiência religiosa assim como o corpo pede por alimento e a mente por conhecimento. Infelizmente, em nome desta mesma experiência religiosa muitos enganos têm sido cometidos, como segregações, fuga da realidade física, guerras e, em conseqüência disto, a felicidade na terra vai sendo empurrada cada vez para mais longe dos homens.

Em meio a tudo isso temos o ressurgimento da prática psico-filosófica Huna, que pode ser entendida como uma prática religiosa porque inspira o indivíduo a atingir sua perfeição espiritual. Pode ser uma prática científica porque lida com o aspecto físico do aqui e agora. E também psicológica pois suas técnicas produzem efeitos nas pessoas, no sentido de torná-las maduras e integras.

Pode ser uma filosofia de vida, por conter um código de ética. Pode ser considerada oculta porque trabalha com forças que não se pode ver, mas que são extremamente reais. É talvez, a mais completa prática, porque cada religião contém parte dela, e a ciência começa a reconhecer a validade de seus princípios, no funcionamento do Universo.

Segundo os kahunas (guardiões do segredo), em algum período antes de Cristo, um grupo de iniciados se reuniu e criou uma linguagem específica, em código para que os conhecimentos da Huna, pudessem ser transmitidos de geração em geração. O primeiro homem não-havaiano a revelar este código foi Max Freedom Long, um estudante de psicologia, professor no Havaí e membro da sociedade Teosófica.


PRINCÍPIOS DO XAMANISMO HAVAIANO


Os princípios da Huna não apenas fornecem uma explicação lógica e consistente da psicologia humana, como também, produzem sólidos resultados, em termos de prosperidade física, emocional, mental e espiritual. Qualquer pessoa que aceite a Huna, ao menos como uma hipótese à ser trabalhada, pode conseguir hoje o que os kahunas - xamãs da Polinésia - sempre conseguiram.

Os sete princípios essenciais estão codificados em sete palavras havaianas. Para melhor entendimento Dr. Serge King, psicólogo treinado nas tradições xamãnicas do Havaí, traduziu e teceu explicações sobre eles:


1. IKE - O MUNDO É O QUE VOCÊ PENSA QUE É
Você cria sua própria experiência da realidade através de suas crenças, expectativas, atitudes, desejos, medos, julgamentos, sentimentos, pensamentos e ações.

2. KALA - NÃO EXISTEM LIMITES
Não existem limites reais entre você e seu corpo, você e as pessoas, você e o mundo, você e Deus. A separação é uma ilusão.

3. A ENERGIA FLUI PARA ONDE A ATENÇÃO VAI
Os pensamentos e sentimentos que você abriga, conscientemente ou não, formam uma esquema, um projeto, desígnio ou plano para que chegue a você a experiência mais próxima e equivalente a estes pensamentos e sentimentos. A atenção dirigida é o canal tanto para o fluxo de energia biológica quanto para a cósmica.

4. MANAWA - AGORA É O MOMENTO DE PODER
Você não está preso a nenhuma experiência do passado nem a nenhuma expectativa do futuro. Você tem o poder no presente momento para mudar as crenças limitantes e conscientemente plantar as sementes para o futuro de sua escolha. Ao mudar seus pensamentos, você muda sua experiência.

5. ALOHA - AMAR É ESTAR FELIZ COM:
O Universo e os seres humanos existem devido ao amor. Em Huna, o amor implica a criação da felicidade. Tudo funciona melhor quando este princípio é seguido conscientemente pois assim a felicidade deixa de ser apenas um efeito colateral.

6. MANA - TODO PODER VEM DO INTERIOR
Não existe poder fora de você porque o poder da Vida ou do Universo trabalha através de você em sua vida. Você é o canal para este poder; suas escolhas e decisões dirigem-no. Nenhuma outra pessoa tem poder sobre você e seu destino a menos que você permita.

7. PONO - A EFICÁCIA É A MEDIDA DA VERDADE
Em outras palavras, todos os sistemas são arbitrários e assim fica-se absolutamente livre para usar aquilo que é eficaz.




Mahalo nui loa 🌸🌈




Ana Rosa Figueira

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Como Ensinar a Huna Para Crianças





OS SETE PRINCÍPIOS PARA CRIANÇAS


1º IKE - Como você se sente, depende de como você pensa.

2º KALA - Tudo ouve o que você diz, e sente o que você sente.

3º MAKIA - O que você quer é mais importante do que o que você não quer.

4º MANAWA - As coisas não acontecem ontem, e elas não acontecem amanhã; elas só podem acontecer agora.

5º ALOHA - Quanto mais feliz você é, mais sorte você tem.

6º MANA - Sempre há alguma coisa que você pode fazer.

7º PONO - Sempre faça o que funciona (e se o que você fizer não funcionar, faça algo diferente).



Mahalo nui loa 🌸🌈






Ana Rosa Figueira

Os Talentos




1º. Ike - Visão; é uma maneira diferente de se perceber as coisas; é a visão metafísica da realidade.
A visão comum das coisas chama-se Ike Papakahi; é a visão do primeiro nível.
A visão metafísica chama-se Ike Papalua; é a maneira de se perceber a realidade atuando num segundo nível, de onde se controla o primeiro.

2º. Kala - Esclarecimento; é a maneira que se tem para agir fazendo com que se consiga claramente a união do seu eu com o universo; é a transformação do homem em um ser holístico.

3º. Makia - Focalização; focalizar em sua mente suas intenções, objetivos, metas e propósitos é uma maneira de se conseguir uma revisão permanente de suas motivações, o que lhe dá maior eficiência em suas ações e uma maior capacidade de frustrações. Isso é possível quando se consegue sentir que na focalização existe uma segunda situação, que só é percebida, quando a percepção se torna inconsciente transformando a linguagem de analítica em intuitiva. Nessa fase não há separação: nós somos o todo.


4º. Manawa - Presença; sendo o presente o nosso tempo, o aqui/agora e o agora/aqui são situações das quais tiramos todo proveito para nosso entendimento e compreensão e quanto mais atentos estivermos, mais presentes nos faremos e mais frutos colheremos de nossas ações.

5º. Aloha - Bênção; em todas nossas intenções, atitudes e ações, se conseguirmos reforçar o bem presente ou potencial, quer pela palavra, imagem ou ação, poderemos sentir a bondade, enxergar a beleza e apreciar a perícia com que se age. Assim, estaremos abençoando. O xamã age de maneira diferente porque é capaz de abençoar o bem potencial através de desejos de sucesso às pessoas a quem se dirige.

6º. Mana - Permissão; para que qualquer coisa tenha poder, é necessário que lhe atribuamos este poder que queremos transmitir, isto é, autorizamos que tenha este poder. Isto pode ser feito com pessoas e objetos. Só se consegue isto com a energização do que queremos atribuir poder.
Assim como podemos dar poder, também podemos tirar.
O xamã guerreiro personifica o mal lhe dando poder, aprendendo como conquistá-lo. O xamã destemido tira o poder do mal despersonificando-o e aprendendo sobre ele, conseguindo a harmonia, fazendo assim, que o mal desapareça.

7º. Pono - Tecelão de sonhos; o xamã tece seus próprios sonhos desenvolvendo suas habilidades e assim, poderá ajudar os outros a tecerem seus sonhos. Ele usa esta habilidade para fazer suas curas que têm um sentido diferente das curas comuns. Por exemplo, um massagista, massageando o corpo de um paciente está usando suas mãos para curar o corpo físico do paciente. O xamã massagista, massageando, estará usando o corpo físico como ferramenta para tecer um novo sonho e curar o espírito. São duas situações em que as ações são semelhantes, mas as intenções e atitudes são diferentes.



Mahalo nui loa 🌸🌈




Ana Rosa Figueira