Páginas

domingo, 23 de fevereiro de 2014

OS BENEFÍCIOS DE ESTAR PRESENTE








do texto original “The Benefits of Being Present
Serge Kahili King





Tradução livre


Ana Rosa Figueira






Primeiro, temos que entender o que queremos dizer com “estar presente”. É simplesmente estar engajado, física, emocional e mentalmente no que está acontecendo e no que você está fazendo agora.

“Agora”, é claro, pode significar este minuto, esta hora, ou o dia de hoje, de acordo com o que está acontecendo, o que você está fazendo e quanto tempo leva para isso acontecer. 
“Estar presente” pode incluir uma certa prática de antecipar, lembrar e pensar sobre o que está acontecendo, e o que você está fazendo, ficou meio confuso?


É o seguinte, a distinção entre “estar presente” e “não estar presente”, tem a ver com, se você está gastando mais tempo pensando ou mais tempo experimentando. Não há nenhuma regra rígida sobre isto, mas quantas vezes estamos fazendo alguma coisa com a cabeça em outro lugar?

É fácil não estar presente quando você está fazendo coisas rotineiras ,ou muito familiares que não exigem muita atenção consciente. Eu posso dirigir um carro e por quilômetros, estar no piloto automático, pensando em outras coisas, sem prestar atenção no caminho e nem sequer ouvir a música que está tocando.

Naturalmente isso significa que às vezes posso ir além de onde eu tenho que ir, e acabar onde eu não quero estar. Por outro lado, quando estou fazendo algo que requer consciência, e tomada de decisão a todo momento, como andar de skate, é melhor eu ficar bem consciente do meu corpo. Caso contrário não andarei de skate por um bom tempo. Quer dizer que o risco de me machucar feio é grande se eu me dispersar.

Ao escrever um livro, eu estou presente e não presente cerca da metade do tempo. Enquanto penso sobre um assunto ao digitar, e faço correções sobre o que digitei. O ponto aqui é que não há nada necessariamente errado em não estar presente o tempo todo, mas estar presente mais vezes tem certas vantagens.

Quanto mais presente estiver, mais consciente você está de si mesmo, de seu entorno e das pessoas no ambiente. Este aumento da consciência lhe dá mais feedback, que lhe permite tomar melhores decisões e agir de forma mais eficaz.
Por exemplo, no ensino é muito útil saber quando o seu público está dormindo, ou saindo da sala, ou se preparando para jogar tomates em você.

Quanto mais presente estiver, mais o seu corpo relaxa. Isto ocorre simplesmente porque muito do nosso estresse, vem de lembrar do que você não gosta ou antecipar o que você não gosta. Faça o teste e pense em alguma coisa que não gosta. Agora perceba o seu corpo como está, ficou tenso não é?
Seu corpo está constantemente no presente, então memórias e expectativas são tratados pelo seu corpo como experiências do momento atual, e quanto mais estressantes são esses pensamentos, mais ele fica tenso.

Quando pensamentos desse tipo são reduzidos pela consciência presente, especialmente em um ambiente relativamente pacífico ou seguro, mais o seu corpo se liberta do excesso de tensão. O ambiente faz toda a diferença na hora de relaxar.

Quanto mais presente estiver, mais energia você tem, não só por causa do relaxamento, mas porque isso permite que você coloque mais atenção em atividades energizantes.
Respiração mais profunda, movimento físico, comer e beber por prazer, não para aliviar o estresse, e acessar diversas fontes de energia ambiental (se você acredita nessas coisas) são algumas possibilidades.

Quanto mais presente estiver, maior conexão você tem com outras pessoas. Pessoas que estão presentes no aqui e agora, podem dizer quando você não está, não importa o quanto você é bom em fingir, dá para sacar, percebe?

Há uma diferença, no seu aspecto emocional, quando está presente e quando você não está. Para algumas pessoas, quando você está mais "na sua cabeça ou no mundo da lua ", você fica mais frio e desinteressado, mesmo dizendo as palavras certas e fazendo os movimentos certos. Quem nunca fez isso olhando a tela do smartfone?
Estar presente quando você está com as pessoas é um fator importante para estabelecer e manter bons relacionamentos.

Quanto mais presente estiver, mais confiante você se torna e mais fácil é de lembrar e usar suas habilidades e talentos.
Ao estar presente, você também é capaz de alterar as regras de vida que não estão funcionando, dar boas indicações para o seu corpo, recordar boas lembranças, mudar os efeitos das lembranças ruins, e até fazer melhores planos para o futuro.

Quanto mais presente estiver, mais eficaz você é em qualquer coisa que queira fazer, envolvendo trabalho, diversão, e cura. Na verdade, de acordo com alguns dos meus experimentos, também ajuda você a ter mais sorte.

A maneira mais fácil de estar mais no momento presente é olhar para as coisas ao seu redor, ouvir os sons ao seu redor, e tocar objetos que estão ao seu redor.
Outra maneira é observar e apreciar as coisas em seu ambiente imediato que são boas, úteis, valiosas, ou apenas de boa aparência. Você pode apreciar com palavras ou sentimentos.

Existe uma extensão de estar presente que pode ser chamada de “estar inteiramente presente”. Esta é na verdade uma técnica, para reduzir a vibração e estresse da mente ao mínimo, e para enriquecer a sua vida de muitas maneiras.

Algumas pessoas acham que devemos nos esforçar para estar assim o tempo todo, mas eu não concordo com deveres e não vou deixar de sonhar acordado e fantasiar de vez em quando. No entanto, esta técnica pode ser de grande ajuda para mudar e potencializar a vida. Vou lhe ensinar algumas maneiras de praticá-la.

Você terá dominado essa técnica, quando puder fazê-la praticamente sem qualquer pensamento, não suprimindo os pensamentos, mas aumentando a consciência. Então vamos lá:

1. Esteja ciente da beleza em seu ambiente. Isto é mais fácil de fazer, e talvez mais eficaz quando você inclui um foco no movimento, como os efeitos do vento, os padrões das ondas, ou animais e aves em movimento.

2. Esteja ciente das cores em seu ambiente, movendo os olhos delicadamente de uma cor para outra, sem ter que nomear as cores em sua cabeça.

3. Esteja ciente dos padrões em seu ambiente, tanto na natureza quanto em objetos feitos pelo homem, novamente movendo delicadamente o olhar de um para outro.

4. Esteja ciente das sensações do seu corpo, incluindo sua respiração, bem como a posição, movimento e sensação de diversas partes do corpo. Sente alguma rigidez, alguma dor?
Sinta-se livre para mudar sua respiração e posição, ou modificar seus movimentos quando sentir que é correto fazê-lo. Você pode fazer isso caminhando, parado, de pé, sentado ou deitado. O importante é estar consciente.

Para algo mais avançado, pratique sentir a energia, a sua própria, a de outras pessoas e das coisas ao seu redor. Uma variação interessante é fazer a prática de estender sua energia, para sentir a textura e forma de objetos a uma distância, como árvores, rochas e edifícios.

Para um desafio extremo, tente olhar para os sinais sem lê-los. Isso é muito mais difícil do que parece (a menos que você não saiba ler).
E quando você se cansar de fazer quaisquer dessas coisas, fique à vontade para voltar aos pensamentos e sentimentos comuns, lembrando dos benefícios de estar mais presente, quando lhe parecer útil.


Existe até um provérbio havaiano sobre os benefícios de estar presente:
E pane’e ka wa’a oi moe ka ‘ale
Traduzindo: Coloque a canoa em movimento quando as águas estiverem calmas.






O QUE É A FILOSOFIA HUNA E OS SETE PRINCÍPIOS




A palavra KAHUNA é um termo antigo ainda usado atualmente. Pronuncia-se "ca-ru-na" e significa “GUARDIÃO DO SEGREDO”. A HUNA é um sistema simples e prático de conhecimentos psicológicos e filosóficos.

É a sabedoria milenar, dos antigos GUARDIÕES DO SEGREDO,os Kahunas havaianos, que nos auxiliam a olhar para dentro de nós mesmos, e a desvendar os mistérios que encerramos em nosso ser.

Origem da Huna

A Huna é um conhecimento que vem dos mais antigos habitantes da Terra, cuja origem remonta ao continente perdido de MU, também conhecido como Lemúria. O povo de MU formou várias colônias, e espalhou o conhecimento Huna por várias regiões tais como: Birmânia, Índia, Egito, Europa, Américas, sendo possivelmente a Atlântida, a mais evoluída de todas.

O continente de MU submergiu após cataclismos intensos, e em seu lugar surgiram as Ilhas Polinésias, há cerca de treze mil anos. No Havaí, com a sobrevivência de habitantes de MU, o conhecimento Huna foi preservado até hoje.

O pesquisador MAX FREEDOM LONG, diz que o conhecimento, vem de um povo que partiu do Egito, através do Mar Vermelho, e que, em canoas chegou ao Havaí. O interesse de Max ocorreu no ano de 1937, quando publicou a primeira edição do livro MILAGRES DA CIÊNCIA SECRETA.

No Brasil o livro só seria publicado em 1961. Rituais, caminhadas sobre o fogo, curas instantâneas, investigação do futuro,foram os temas pesquisados por Max e abordados no livro.

SERGE KING, pesquisador e mestre hakuna, diz que os antigos kahunas tem origens estelares. Vindos da Constelação das Pleiades, estabeleceram-se no Oceano Pacífico, mais precisamente no antigo Continente de MU. Seus habitantes passaram a ser chamados de POVO DE MU. Este continente submergiu e o que restou dele formou a Polinésia. Criaram uma língua que é falada em toda Polinésia até hoje.

Em seu livro MAGIA E CURA KAHUNA – Saúde Holística e Práticas de Cura da Polinésia, Serge Kahili King diz: “Agora os tempos mudaram, e, por causa da rapidez de comunicação e da expansão da consciência em boa parte do mundo, vem ocorrendo, um crescente entendimento das realidades alternativas. E começa-se a sentir que o conhecimento de HUNA precisa ser difundido ao máximo em todo o planeta”.

Os kahunas ensinam que a mente humana, não está capacitada a entender uma forma de consciência superior, que não seja semelhante à sua própria.

Por isso, todos os esforços humanos para imaginar as características de um deus máximo e supremo, seriam uma perda de tempo.

Embora acreditassem que deveria haver uma suprema fonte criadora, suas orações não eram direcionadas a esta fonte.

Há estágios de níveis de consciência acima do homem, como existem níveis abaixo dele; os kahunas dedicaram pouca atenção a outro nível que não fosse o imediatamente acima do nosso próprio.

HUNA é uma teoria psicofilosófica. Tem um cunho teórico e prático, tratando de todos os assuntos que se referem ao ser humano em sua totalidade. Traz em si, um cunho de religiosidade, por saber que não é possível desligar o ser humano deste sentido da vida, assim como também do sentido mitológico, presente em todas as épocas da história (civilização) humana.Os adeptos da Huna podem fazer parte de qualquer religião, ou não. Com o crescimento das idéias Huna, cada um vai desenvolvendo suas crenças de maneira livre, por sofrer mudanças em seus valores e padrões, que é a finalidade primordial desse conhecimento.


O PRINCIPAL FOCO

A MUDANÇA DE VALORES E PADRÕES PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL, E POSTERIOR EVOLUÇÃO DO SER HUMANO É O PRINCIPAL FOCO DA HUNA.

Ela estará sempre atualizada e indicando rumos para a humanidade mais evoluída. A huna tem como valor principal , de seu crescimento e evolução, não ferir ao semelhante. Sendo o amor compartilhado, o único capaz de trazer felicidade, paz e tranqüilidade a todos os povos.

Conceitos que uma vez ENTENDIDOS,sentidos e verdadeiramente aplicados, nos dão melhores condições para que possamos interferir em nossas ações, e mudar nossos padrões de vida e ação (viver e agir) no mundo. Pouco a pouco, vamos nos transformando e tornando nosso caminhar pela vida mais calmo e sereno.

O princípio da Psicofilosofia H U N A é não ferir, isto é, não causar sofrimento a si mesmo, aos outros e à natureza. Na Língua havaiana as palavras eram formadas através das raízes que tinham significados próprios. Também representavam símbolos, com os quais conseguiam ações práticas verdadeiras e de magias.

Na prática temos entre outros elementos, a PRECE AÇÃO (uma maneira de rezar/orar ao Eu Superior (Aumakua), por intermédio do Eu Básico (Uhinipili). Com a Prece Ação obtemos bons resultados. Ela é usada principalmente, para curas e alívio de qualquer tipo de sofrimento.

A teoria huna nos diz que o ser humano é formado de três espíritos, ou aspectos independentes entre si, mas interligados nas ações.

Um depende do outro para se desenvolverem e crescerem e de um corpo físico (kino) quando reencarnados.

Existe uma energia chamada de MANA, que é o elemento de coesão entre os três espíritos, tendo cada um sua própria Mana. O corpo é uma imagem manifestada dessa coesão por meio de uma substância Aka.

Mana - aka

Essa substância de origem divina permeia todo o Universo, e em consonância com a mana, torna possível as manifestações. É denominada de substância AKA.

Para que isso ocorra, cada espírito possuí um (CORPO) KINO-AKA que lhe é peculiar, e tem funções determinadas. Sendo a Huna uma teoria de transformações, costumamos denominar cada um desses elementos pelos seus nomes



Natureza tríplice do Ser Humano, segundo os Kahunas:


AUMAKUA - Eu Superior - (Superconsciente)

UHANE - Eu Médio (consciente)

UNIHIPILI - Eu Básico - (subconsciente)



AS TRÊS MANIFESTAÇÕES DA ENERGIA OU FORÇA VITAL, MANA.


Essa energia, chamada pelos Kahunas de MANA, é a mesma que os hindus denominam prana, e está relacionada com todas as formas de energia vital, não importa o nome que receba,chi,ki, etc.

Surge a partir da alimentação e do ar que respiramos. Podemos aumentar o suprimento de mana, também por uma ação da mente, como na Prece-Ação.

Para acumular uma sobrecarga de mana é necessário simplesmente explicar ao EU BÁSICO o que deve ser feito e pedir-lhe para executar a tarefa, quando não há dúvidas.
.
Respirar P R O F U N D A M E N T E é o segredo para que a prece ação dê certo.

MANA é um outro nome para ENERGIA VITAL. Quando desejavam acumular uma sobrecarga de energia, respiravam PROFUNDAMENTE E VISUALIZAVAM a MANA subindo como água, sobre uma fonte, cada vez mais alta, até que transbordasse no alto, sendo o corpo a fonte, e a água a MANA.

A mana parece ter forma de inteligência própria, mas na realidade, é a consciência do eu básico, dirigindo a projeção. O Eu básico projetado dela realizando as manifestações, e ta as coisas a serem realizadas com ela (mana).


MANA DO EU BÁSICO

O Eu Básico capta a energia vital dos alimentos e do ar que respiramos armazena a MANA em seu KINO-AKA compartilhando-o com os outros EUS.


MANA-MANA DO EU MÉDIO

A força vital - MANA - fornecida pelo EU BÁSICO (unihipili) ao EU MÉDIO (uhane), é transformada de uma forma sutil em uma voltagem superior (MANA-MANA). A duplicação da palavra significa que, o seu poder estará duplicado. Essa força conhecemo-la como VONTADE e é a mola propulsora que conduz à AÇÃO.

MANA-LOA DO EU SUPERIOR (AUMAKUA)

A MANA ENVIADA ao Aumakua pelo Unihipili, é transformada em energia de alta voltagem, sob a forma de gotículas de água energizada. E tem o poder de desintegrar, e reintegrar a matéria, de CRIAR E HARMONIZAR.

É usada na cristalização das formas-pensamentos, enviadas como IMAGENS na Prece-Ação, como um pedido ao unihipili, que memorizando-o o conduz ao AUMAKUA. Este então responde a prece - ação com sua BÊNÇÃO, ocorrendo no agora/aqui, a cura ou a concretização do desejo.

O DESEJO; A PRECE-AÇÃO; A REALIZAÇÃO

A PRIMEIRA COISA A SER FEITA É DECIDIR O QUE SE DESEJA.



Naturalmente, um grande número de pessoas nunca chega à decisão. Elas vão tropeçando, desejando uma coisa hoje e outra amanhã. Raramente conseguem o que querem, ou desejam, por sempre existir uma dúvida sobre o resultado.

Quando uma pessoa decide sentar-se,conhecer-se cuidadosamente,reconhecendo suas habilidades, necessidades, falhas,quais são suas obrigações etudo o que gira ao seu redor, ela empreende uma tarefa com convicção, ela não desiste porque sabe o que quer.

Observe , sempre, três coisas no estudo da magia huna. Deve haver alguma forma de c o n s c i ê n c i a, uma força (energia), e uma substância por trás, dirigindo os processos de magia.

A natureza básica da magia, segundo Max Freedom Long, exige: uma forma de consciência (Aumakua), que usa alguma força (mana), que é manipulada através de alguma espécie invisível, de substância física (aka) .

Os Kahunas iam diretamente ao assunto. E podiam dar-se ao luxo de assim proceder, pois possuíam um sistema que, de fato, DAVA RESULTADOS. Não tinham, portanto, nem salvadores, nem salvação: nem céu, nem inferno, e estavam livres do famigerado pecado original.



OS SETE PRINCÍPIOS DO XAMANISMO HAVAIANO


1- O mundo é o que você pensar que ELE é. (IKE)

Corolário: Tudo é um sonho. Todos os sistemas são arbitrários. Utilização do poder do pensamento.
Atributo ou Talento: Visão
Desafio: Ignorância
Cor: Branca

2. Não há limites (KALA)

Corolário: Tudo está interligado. Tudo é possível. Separação é apenas uma ilusão útil. Utilização das ligações energéticas.
Atributo ou Talento: Esclarecimento
Desafio: Limitação
Cor: Vermelha

3. A energia segue o fluxo do pensamento (MAKIA)

Corolário: A atenção segue o fluxo energético. Tudo é energia. Utilização do fluxo de energia.
Atributo ou Talento: Focalização
Desafio: Confusão
Cor: Laranja

4. Seu momento de poder é agora.(MANAWA)

Corolário: Tudo é relativo. Utilização do momento presente.
Atributo ou Talento: Presença
Desafio: Procrastinação
Cor: Amarela.

5. Amar é compartilhar com.... (ALOHA)

Corolário: O Amor aumenta quando o julgamento diminui.Tudo está vivo, atento e reativo. Utilização do poder do amor.
Atributo ou Talento: Bênção
Desafio: Raiva
Cor: Verde

6. Todo o poder vem de dentro. (MANA)

Corolário: Tudo tem poder. O poder vem da permissão (da criação). Utilização do poder da permissão (da criação).
Atributo ou Talento: Permissão
Desafio: Medo
Cor: Azul

7. A eficácia é a medida da verdade. (PONO)

Corolário: Existe sempre outra forma de se fazer algo.Utilização do poder da flexibilidade.
Atributo ou Talento: Tecelão de Sonhos
Desafio: Dúvida
Cor: Lilás.


O eu superior, sem dúvida, sabe ainda melhor do que os outros eus, aquilo que o ser total necessita. Compreende-se como ser total o eu básico, o eu médio e o eu superior. Ele não interfere com a sua vontade, e se omite para deixar as lições da experiência, serem aprendidas com os esforços. Só assim para conseguir as coisas necessárias, exceto em situações graves.

Segundo os kahunas, o ser humano é formado por três espíritos ou aspectos independentes (distintos) entre si, mas interagindo (interligados), em todas as funções. Um depende do outro para se desenvolver, e necessitam de um corpo quando encarnados para poder crescer e evoluir (ciclo de vida e morte).

Eles são interligados pelos cordões-aka, por onde circula a energia vital; mana. Cada um tem suas características e funções próprias. O corpo é o modelo da imagem do Unihipili e Uhane, sendo produto manifestado dessa coesão. Que por meio da substância Aka, permeia todo o Universo como fruto de mana (poder divino),sendo transformada em mana, energia vital.


O UNIHIPILI OU EU BÁSICO

No unihipili estão as memórias genéticas programadas responsáveis pelos:instintos, emoções, sentimentos e as memórias experienciais ou aprendidas, fruto das ações do dia a dia.

Seu pensamento instintivo é ilógico e só tem condições de comunicação por um raciocínio próprio; só tem raciocínio dedutivo próprio para cada espécie (para algumas linhas de estudo), atendendo às necessidades instintivas e fisiológicas (só se manifesta como um ser, através do que está memorizado genética e experiencialmente).

Armazena todas as formas-pensamentos como memórias, todas as crenças e emoções, processos involuntários e fisiológicos do organismo que promovem seu funcionamento.


UHANE OU EU MÉDIO

É O ESPÍRITO (o aspecto) consciente dos três eus. É o espírito que fala, analisa, raciocina, ORDENA E DECIDE. É o que POSSUI a (dono da) vontade (único que pode pecar, ferir ou prejudicar alguém ou a si mesmo).

Recebe as informações de várias fontes, as ORGANIZA, lhes dá significado e direciona a ação. Todos os padrões de referência em RELAÇÃO à realidade que nos envolve são aceitos e estabelecidos por ele.

Cria memórias que são arquivadas no UNIHIPILI (EU BÁSICO). Age em conjunto com o Eu Básico, pois este lhe fornece as Memórias para imaginar, fazer ideações e pensar.

Ele ordena e decide as ações PRATICADAS (necessárias), sejam mentais ou físicas. Seu pensamento ALÉM DE DEDUTIVO é essencialmente INDUTIVO, o que é uma propriedade exclusiva do ser humano; portanto, só o homem possui UHANE (Eu Médio). Os outros animais possuem unihipili e Aumakua.


Através da V O N T A D E o UHANE ou EU MÉDIO (consciente), pode aprender a trabalhar de forma direcionada e consciente, com os dois EUS, levando o indivíduo ao equilíbrio e harmonia para o seu crescimento e pleno DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL, pela reformulação das memórias.


AUMAKUA - EU SUPERIOR - O SUPER CONSCIENTE

Devemos:

1. Aceitar a existência deste espírito, o Pai Ancestral infalível - Adora-lo! Ama-lo! Crer que é a manifestação divina em nós. Convida-lo a ocupar o lugar que é DELE no ser humano.Ofertar mana; constante e diretamente, por meio do unihipili.

2. Fazer Prece-Ação e outras práticas hunas, encaminhando-as por meio do unihipili com fé, sem dúvida (PAULELE). Todas as preces encaminhadas ao Eu Superior, devem ser formuladas pelo uhane e conduzidas ao unihipili, Eu Básico (subconsciente) pelos cordões-aka.


Os Kahunas acreditam, que tudo que existe, sejam seres humanos, animais, vegetais e minerais, até os objetos e mesmo as formas-pensamentos têm corpos sombreados (kino-akas), e estes subsistem, mesmo depois da morte física, Passagem que propicia aos três espíritos, a volta ao seu real estado, para futuros aprendizados de novos sonhos básicos de vida.


EU SUPERIOR (AUMAKUA)


Devemos nos lembrar de que o Eu Superior Pai ancestral infalível, passou pela experiência de ser um unihipili , eu básico e depois um uhane, eu médio. Cresceu e evoluiu espiritualmente através de todas as experiências nos níveis vivenciados, para alcançar sua condição atual, semelhante a de um Deus. Ele sabe como tratar cada problema que enfrentamos.

Quando formamos pensamentos, dizem os Kahunas, também produzimos formas-pensamentos. Como a maioria dos pensamentos vem em seqüência e relacionados uns aos outros, o corpo sombreado do unihipili ou da forma-pensamento do (uhane), acaba formando agrupamentos. Estes agrupamentos são comparados pelos Kahunas a cachos de uva (símbolos do agrupamento das memórias do unihipili em seus kino-akas).



Palavras Chave Para Intregrar os Três Eus:


Conhecimento - Estudo - Sentir - Intenção - Ação






T
exto adaptado do Dr Sebastião de Melo - Coordenador Cultural da Associação de Estudos Huna

HUNA, O SEGREDO DECODIFICADO POR MAX FREEDON LONG






XAMANISMO HAVAIANO


O termo Xamã pode ter-se originado da palavra SAMAN, do
povo Tungu da Sibéria. Significa "alguém que está exaltado,
comovido, elevado". Por outro lado pode ter suas raizes, num
antigo vocábulo Indu, que significa "aquele que pratica austeridade". Hoje este termo é muito usado para os
sacerdotes, pajés e kahunas ou seja, todos aqueles que
trabalham ligados com as antigas tradições, em contato direto com a natureza.
Nas ilhas havaianas Xamãs/Kahunas eram os
guardiões de HUNA "O SEGREDO".

O DECODIFICADOR

Max Freedon Long foi o incansável pesquisador e decodificador de Huna. De religião Batista, pesquisador incansável muitas vezes frequentava a Igreja católica, com um amigo de infância. Neto de fazendeiros do Iowa, viveu momentos agradáveis no meio rural.
Quando menino viveu em Wyoming e desde os sete anos de idade, experimentava a realização de sonhos. Seus pais possuíam os mesmos dons.
Estudou Ciência Cristã, Teosofia, além da prática do Zen com um bispo americano. Mais tarde aperfeiçoou-se com um Mestre Japonês experimentando o Satori. Estudou todas as religiões ao seu alcançe. Após cursar a escola normal, formou-se em psicologia.

O SONHO

Os quatorze anos vividos no Havai, ocorrem de forma bastante peculiar. Numa noite viveu um sonho marcante, nele é instruído a ir à um cruzamento de duas ruas, em uma cidade próxima. Ao acordar seguiu as orientações, lá chegando, encontrou um velho amigo de infância, que estava desesperado. Havia se inscrito em um programa do governo americano, para lecionar no Havaí e só poderia desistir se arranjasse alguém para substituí-lo. E foi assim que Max Freedon Long foi parar no Havaí

A VIAGEM

Convencido pelo amigo, em 1917, Max chega à ilha de Oahu. Depois de uma viagem de vapor fora de Honolulu, conhece a escola, onde daria aulas por um período. Maravilha-se com o lugar perto do vulcão Kilauea. Os espetáculos das atividades vulcânicas provocavam admiração em Max. A escola era composta de três salas, localizada em um vale solitário, entre uma plantação de açúcar e um enorme sítio. Lá muitos havaianos trabalhavam cortando cana. O proprietário era um homem branco, vivendo já há muitos anos no Havai.
No convívio diário, Max, toma contato com discretas referências, sobre os Xamã/ Kahunas. (Ka significa Guardião e Huna segredo)

Seu espírito questionador levava-o à muitas perguntas,entretanto, percebia que seu interesse não era recebido de bom grado. Os nativos da região escondiam um segredo, velado aos estrangeiros. A colonização do Havaí sofreu forte influência de missionários cristãos. Através do poder político, eles legislaram e proibiram as atividades mágicas dos kahunas. Daí a desconfiança dos nativos para com os estrangeiros ou "haoles".

PELE

Mesmo assim os mitos e lendas corriam entre a população. Pele, deusa habitante do vulcão Kilauea, visitava os nativos pedindo tabaco. Casos de maldições em que pessoas culpadas por ofender alguém, ou quebrar o Kapu - rígido código religiosos e social - eram punidas pela magia havaiana eram comuns e muito comentados pelos nativos. A magia havaiana era usada para prever o futuro ou modificá-lo, realizar curas, ressuscitar mortos, contatar espíritos, manipular materializações e andar em lava quente.

Prosseguindo as suas pesquisas, Max visitou a biblioteca de Honolulu, e pegou por empréstimo alguns livros. escritos por missionários cristãos, mas os livros tinham uma visão deturpada das atividades dos Kahunas. Em menos de um século os Kahunas foram considerados maus elementos, cultuadores de primitivas superstições. Nos distritos isolados, os Kahunas continuaram a fazer oferendas à deusa Pele. O povo havaiano permanecia fiel as regras de Kapu. As práticas, ritos e crenças, permaneciam vivas e faziam parte do cotidiano havaiano.

ÍDOLOS DE MADEIRA

Em 1820, antes da chegada dos missionários, grandes plataformas de pedras estavam erguidas, ao longo das oito ilhas, com ídolos de madeira e seus altares para sacrifícios

Apesar das leis impostas pelos colonizadores, nenhum oficial de policia ou magistrado havaiano, se atrevia a colocar na prisao os Kahunas. A magia havaiana continuava viva, e oculta dos brancos.

No inicio do quarto ano, Max Freedon mudou-se para Honolulu e conheceu o museu Bishop. Fundado pela realeza havaiana, destinava-se a amparar crianças de sangue havaiano. Sua visita tinha o objetivo de encontrar respostas à inúmeras perguntas.

Long conheceu o respeitado curador do museu Dr. Brighan, experiente em escavações, e pesquisas havaianas. Ele era um pesquisador muito conceituado pelo museu Britânico. Com o Dr. Brighan, Max aprimorou-se e avançou muito em suas pesquisas. Deixou o relato em seus livros,de inúmeros casos; entre eles, a cura instantânea ,pelas mãos de um kahuna, de uma perna fraturada e um incrível caso de afogamento de um menino, e a constatação de sua morte. Após horas do acidente. foi chamado um Kahuna, que ressuscitou o menino.

Outra experiência marcante foi com o Dr. Brigham ,e um grupo de havaianos que andaram sobre a lava quente. Além do susto, Brigham teve suas botas incineradas ao caminhar pelas lavas.
Max encerrou suas pesquisas em 1931. Naquela época desvendar "o segredo", que dava aos Kahunas poder, parecia estar definitivamente, velado aos estrangeiros.

PSICOFILOSOFIA


De volta ao continente Norte Americano e vivendo na California em 1935, Max acordou no meio da noite com uma idéia. Devido aos seus anos de vivência no Havai, observou e estudou os mitos, simbolos e lendas havaianos, além de ser testemunha ocular de "milagres". Sabia que a magia dos kahunas possuía muitos nomes para os elementos e que o conhecimento era transmitido de geração para geração oralmente.

Anteriormente no ano de 1820, missionários cristãos compilaram um dicionário com muitas falhas em sua tradução. A interpretação das palavras havaianas, infelizmente, era feita através de conceitos deturpados. Max usou o dicionário, juntamente com o material coletado de suas experiências vividas no Havai, para decodificar e estruturar, o que ele chamou de Psico-filosofia HUNA.

Sua formação acadêmica, contribuiu para fazer as correlações certas entre a psicologia e a tradição dos Kahunas. Compilando elementos da magia havaiana, Max sistematizou, decodificou e identificou os elementos, que permaneciam ocultos até então. Naquela época Max fundou a Huna Research, associação ativa até nos dias atuais que divulga a psicofilosofia huna. Conhecida internacionalmente e com muitos associados, possui sede própria no Brasil.








Texto adaptado : Dr. Sebastião de Melo - Coordenador Cultural da Associação de Estudos Huna do Brasil

HERANÇA ESPIRITUAL DOS HAVAIANOS





"Os havaianos possuem uma herança espiritual, psicológica, prática e cultural muito rica. É tão rica que inúmeras tradições cresceram nela, e nem todos os havaianos ou estudantes da cultura havaiana estão de acordo com o teor desta herança. Uma grande parte da herança mantida pelos havaianos está na sua lingua. Ela é bastante simples , possui apenas 12 letras  e nenhuma forma do verbo ser . Entretanto, contém os conceitos mais profundos que você possa imaginar  sobre consciência espiritual, construções psicológicas, a natureza da realidade, o amor, o poder, a conquista e assim por diante."


 livro:  Urban Shaman de Serge Kahili King


Tradução livre
Ana Rosa Figueira


A arte do Xamanismo havaiano segue o caminho do aventureiro e produz mudanças por meio do amor e da cooperação - em contraste com o amplamente conhecido caminho do guerreiro, que enfatiza as buscas solitárias e a conquista pelo poder .


Ana Rosa Figueira