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sábado, 30 de abril de 2022

Ho'Oponopono !





Há aproximadamente dois anos, escutei falar de um terapeuta no Hawaii que curou um pavilhão completo de pacientes criminais insanos, sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do presidiário e logo olhava dentro de si mesmo, para ver como ele tinha criado a enfermidade dessa pessoa. Na medida em que ele melhorava, o paciente melhorava.

A primeira vez que ouvi falar desta história, pensei que era uma lenda urbana. Como podia curar o outro, curando somente a mim mesmo? Como podia, embora fosse um mestre de grande poder de auto cura, curar alguém criminalmente insano? Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei esta história. Entretanto, escutei-a novamente um ano depois.

Ouvi que o terapeuta tinha usado um processo de cura havaiano chamado “hooponopono”. Nunca tinha ouvido falar disso, entretanto não podia tirá-lo de minha mente. Se a história era totalmente certa, eu tinha que saber mais. Meu entendimento era que “total responsabilidade” significava que, eu sou responsável pelo que penso e faço. O que estiver mais além, está fora de minhas mãos. Penso que a maior parte das pessoas pensa igual sobre a responsabilidade. Somos responsáveis pelo que fazemos, e não pelo que os outros fazem – mas esta forma de pensar está errada.

O terapeuta havaiano, que curou essas pessoas mentalmente doentes, me ensinaria uma nova perspectiva avançada sobre o que é a total responsabilidade. Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len. Passamos uma hora falando, em nossa primeira conversação telefônica. Pedi-lhe que me contasse a história total, de seu trabalho como terapeuta. Ele explicou que havia trabalhado no Hospital Estatal do Hawai durante quatro anos.

O pavilhão onde encerravam os criminosos loucos era perigoso. Regra geral, os psicólogos desistiam de trabalhar ali em um mês. A maior parte dos funcionários, caiam doentes ou simplesmente renunciavam ao trabalho. As pessoas que atravessavam esse pavilhão, caminhavam com suas costas contra a parede, temerosas de serem atacadas por seus pacientes.

Não era um lugar agradável para viver, trabalhar ou visitar. O Dr. Len me disse que nunca viu os pacientes. Assinou um acordo de ter um escritório e revisar suas fichas. Enquanto olhava essas fichas, trabalharia em si mesmo. Enquanto trabalhava em si mesmo, os pacientes começaram a curar-se. “Depois de alguns poucos meses, foi permitido aos pacientes que deviam estar encarcerados, caminhar livremente” disse-me.

“Outros que tinham que estar fortemente medicados, passaram a diminuir sua medicação. E aqueles que jamais teriam, nenhuma possibilidade de serem liberados, tiveram alta”. Eu estava assombrado. “Não somente isso” continuou, “mas o pessoal começou a ir feliz para o trabalho.” “As ausências e as mudanças de pessoal desapareceram.

Terminamos com mais pessoas do que necessitávamos, porque os pacientes eram liberados e todas as pessoas vinham trabalhar. Hoje este pavilhão está fechado.” Aqui é onde eu tive que fazer, a pergunta de milhões de dólares: “O que você esteve fazendo com você mesmo, que ocasionou a mudança dessas pessoas?”

“Eu simplesmente estava curando aquela parte minha, que tinha criado aquilo neles”, disse ele. Eu não entendi, e o Dr. Len explicou que, entendia que a total responsabilidade de sua vida, implicava a tudo o que está em sua vida. Simplesmente porque está em sua vida e, por isso, é de sua responsabilidade.

Em um sentido literal, todo o mundo é sua criação. Uau! Isto é duro de engolir. Ser responsável pelo que eu faço ou digo é uma coisa. Ser responsável por outro ou por qualquer outra coisa, que faça ou diga na minha vida é muito diferente.

Entretanto a verdade é esta: se assumir completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você vê, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é sua responsabilidade, porque está em sua vida. Isto significa que, a atividade terrorista, o presidente, a economia ou algo que experimenta e você não gosta, está ali para ser curada por você!

Isso não existe, por assim dizer, exceto como projeções que saem de seu interior. O problema não nas outras pessoas, está em você e para mudá-los, você deve mudar a si próprio. Sei que isto é difícil de captar, muito menos de aceitar ou de vivê-lo realmente.

Atribuir ao outro a culpa é muito mais fácil ,do que assumir a total responsabilidade. Enquanto eu falava com o Dr. Len, comecei a compreender essa cura dele e que, o ho’oponopono significa amar a si mesmo.

Se deseja melhorar sua vida, deve curar sua vida. Se deseja curar qualquer outro, ainda que seja um criminoso mentalmente doente, faça-o curando a si mesmo. Perguntei ao Dr. Len como curava a si mesmo. O que era que ele fazia exatamente, quando olhava as fichas desses pacientes. “Eu simplesmente permanecia dizendo “Sinto muito” e “Te amo”, muitas vezes”, explicou ele. “Só isso?” “Só isso.”

“O resultado é que, amar a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e enquanto você melhora a si mesmo, melhora seu mundo”. Permita-me dar-lhe um rápido exemplo de como funciona isto: um dia, alguém me envia um e-mail que me desequilibra”.

No passado teria trabalhando o dia inteiro pensando neste "bendito" email, com o meu lado emocional abalado, com raiva, e teria ficado remoendo esse sentimento ,e pensando nessa pessoa que enviou essa mensagem detestável.

Desta vez eu decidi provar o método do Dr. Len. Coloquei-me a pronunciar silenciosamente “sinto muito” e “te amo”. Não disse nada a ninguém em particular. Simplesmente fiquei ali, e invocando o espírito do amor dentro de mim, para curar o que estava criando a circunstância externa. No término de uma hora recebi um email da mesma pessoa que se desculpava da mensagem prévia.

Note que eu não realizei nenhuma ação externa para obter esta desculpa. Eu nem sequer respondi sua mensagem. Entretanto, só dizendo “te amo”, de algum modo curei dentro de mim o que estava criando nele.
Mas tarde assisti a uma reunião de ho’oponopono dirigida pelo Dr. Len. Ele tem agora 70 anos de idade,e é considerado um xamâ avô. Ele elogiou meu livro “O Fator Atrativo”. Disse-me que enquanto eu melhoro a mim mesmo, a vibração de meu livro aumenta e todos sentirão quando o lerem. Em resumo, à medida que eu melhoro, meus leitores melhorarão.

“E o que aconteceria com os livros que já vendi e saíram de mim? Perguntei. “Eles não saíram” explicou ele, uma vez mais, soprando minha mente com sua sabedoria mística. “Eles ainda estão dentro de você”. Em resumo, não há fora.

Levaria um livro inteiro para explicar esta técnica avançada com a profundidade que ela merece. Basta dizer que toda hora que desejar melhorar algo em sua vida, existe somente um lugar onde procurar: dentro de você. Quando olhar, faça isto com amor”. Ho'oponopono


Tradução livre de um trecho do livro Limite Zero de Joe Vitale




Ana Rosa Figueira


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