Eu sou uma alakai da Associação Huna International. Isto significa que decidi me tornar uma curadora e uma professora de Huna, apoiando a missão de Aloha International, que é ensinar e praticar as Sete Leis Espirituais Huna, criando paz e harmonia através do Espírito de Aloha, curando o mundo com a energia de Aloha diariamente.
O que observo sendo uma alakai, é que as pessoas esperam muito de mim. Imaginam que eu seja mais calma, mais iluminada, mais próspera e mais talentosa, que a maioria das pessoas, só que não. Recentemente fui perguntada: “Se a filosofia e técnica Huna realmente funcionam, por quê as pessoas alakai têm problemas, como todos nós? Não deveriam gozar uma vida perfeita?”
A minha reposta veio rápida: A qualidade da ferramenta não se reflete no talento do usuário, simples assim! As coisas acontecem e nossos talentos são aprimorados, como um resultado, especialmente quando temos uma boa ferramenta para trabalharmos!
Em segundo lugar nós nunca nos concientizamos completamente, do resultado da vida de cada uma das pessoas. Uma pessoa alakai, como todas as outras pessoas, tem muitas coisas boas acontecendo, ao mesmo tempo em sua vida.
Bens pessoais, situações amorosas, etc e não sabemos se estas condições, seriam piores se não estivessemos usando as técnicas Huna. Não podemos e não devemos julgar uns aos outros. Não é produtivo, muito pelo contrário! O amor Aloha vem do não julgamento.
Em uma certa manhã, ao entrar apressadamente numa rua acabei amassando meu carro. Ninguém se feriu mas ele precisaria de conserto. Durante todo o trajeto para o trabalho, fiquei imaginando o que dizer para a seguradora. Estava pensando em inventar alguma coisa, que alguém tivesse batido no meu carro, sei lá o que.
Mas este tipo de pensamento não era racional, e eu não gosto de mentir para ninguém. Dá um trabalho tremendo levar a mentira adiante, e causa muita perda energética, resumindo, não compensa. Uma hora depois, minha irmã me liga dizendo que os exames de nosso pai, informavam que o seu câncer tinha se alastrado, e uma metastese acontecia no cérebro.
Todos os meus problemas com meu carro, naquele momento sumiram. Minhas providências imediatas foram, pedir cura à distância para minha família e ir ao escritório para resolver necessidades imediatas. Liguei para a seguradora e avisei que havia batido, o carro ao calcular mal a distância, acertando um poste. O agente de seguros me disse para ir para casa, tentar me acalmar e que ligasse depois.
Uma amiga alakai se encontrou comigo no escritório, naquele mesmo dia, e me falou sobre tratamentos alternativos para tensão. Sua experiência recente com a morte de seu pai , com câncer, lhe trouxe novas luzes para ajudar aos outros. Seus conhecimentos vieram ao meu encontro e necessidade, sincronicidade? Chegando em casa, me sentei e chorei. Chorei muito e de repente , dei graças pela minha vida e pela minha segurança. Meu pai não estava mais doente do que estava há um mês, e isso já era uma benção.
Então afirmei para mim mesma: “ Você é uma alakai, você aplica a huna nas pessoas as quais você trata, dá conselhos e as orienta, para que levem uma vida melhor baseada nos sete princípios. Por quê não faz o mesmo consigo mesma?”
Assim a primeira coisa que fiz, foi reduzir a tensão para que a harmonia e a cura pudessem me fortalecer. Massageei minha face e cabeça, respirei e acalmei meu corpo. Assim consegui sorrir aliviada. Depois comecei a trabalhar os princípios Huna, iniciando com IKE – o mundo é o que você pensar que ele é. Consciência. Senti a conexão imediatamente.
Quando tenho pensamentos aterradores, todo o meu corpo se contrai e começo a chorar. O oposto é o mesmo. Uma ótima sensação começou a tomar conta de meu corpo e relaxei.
Aí fui para o segundo princípio KALA – não existem limites. Liberdade. Todos estamos conectados e influenciamos uns aos outros. Eu ajudaria mais meu pai, lhe mandando energia.
O terceiro princípio MAKIA – a energia flui para onde está nossa atenção. Focalize! Meu pai depois me disse, que suas dores cessavam após eu enviar energia a ele. No meu trabalho também tratava de focalizar minha atenção, no que tinha que ser feito e assim eu relaxava e ele também.
MANAWA é o quarto princípio – agora é o nosso momento de poder. PRESENÇA! Eu me focalizei no presente pois não poderia mudar nem o passado e nem o futuro. Tinha que me concentrar no agora, na beleza do momento e relaxei ainda mais.
O quinto princípio é ALOHA – amar é ser feliz sempre. Amando e abençoando as pessoas e situações do momento presente. Tudo tem uma razão de ser e acontecer. Eu me sentia melhor a cada minuto que se passava.
O sexto princípio MANA – todo poder está dentro de nós. Confiança. Serge Kahili King diz no livro Xamã Urbano: "nada acontece sem a sua participação, você constrói suas escolhas". Eu sou o resultado de meus pensamentos. Eu me lembrei de todas as vezes que me senti triste, com ressentimentos, quando as coisas aconteciam e eu me lamentava.
PONO é o sétimo princípio Huna – o resultado final é o resultado conferido pela verdade. Faça o que é correto e o que funciona PARA VOCÊ! Ao invés de sentir tensão e tristeza, focalizei minha atenção na cura. Tomei providências para o conserto de meu carro, liguei para casa de meu pai e perguntei sobre a necessidade de eu pegar um avião para lá.
Tudo isso fiz sem me desgastar emocionalmente ( seria pior para todos) e minha irmã respondeu que não era necessário eu pegar um avião naquele momento. Meu pai tem 80 anos, nunca estudou Huna, mas sempre teve uma atitude Huna em relação à vida.
Ao conversar, pelo telefone, com meu pai no hospital, ele me disse que estava lendo um livro sobre Meditação Transcendental, e que sentia um pouco de temor, mas estava tentando mudar esta atitude. Eu disse a ele que eu e meus amigos estávamos enviando “Energia Radiante” para ele, e que a recebesse com alegria.
Ele me disse que estava tentando mudar o seu sentir e pensar, prestando mais atenção no aqui e agora. Ele também me contou que tinha uma missão, e estava focalizado nela. Ele me falou sobre seu propósito de plantar mais flores (elas estavam mais belas que nunca!), em pescar, em dançar e que pretendia voltar para casa antes de sua próxima consulta médica e que ninguém iria demovê-lo de sua confiança! Disse à minha irmã: “Sem chances para a tristeza! Precisamos nos focalizar na alegria!”
Meu relato só confirma que as coisas também acontecem para nós que somos alakai. Batemos o carro, enfrentamos doenças, mas não deixamos de utilizar todas as ferramentas Huna que temos em nossas mãos! Abençõe o presente! Acredite em si mesmo! Espere o melhor! FUNCIONA PARA MIM! FUNCIONA PARA VOCÊ TAMBÉM!
Texto adaptado de Peggy Kemp para Huna International.
Ana Rosa Figueira
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