HUNA

Huna quer dizer: Segredo! Não no sentido de manter algo oculto, mas sim de descobrir um sentido mais profundo da nossa existência.
Conhecimento oculto ou realidade secreta é a realidade mais difícil de ser vista. Também significa princípio feminino, mais princípio masculino, o que corresponde´à manifestação da vida.
Leinani Melville diz que Huna é " profundidade"
Serge Kahili King define Huna como " o que é oculto ou o que não é obvio; nome dado ao conhecimento dos Kahunas, filosofia de realização, utilizada em qualquer contexto, pessoal,científico, religioso".
Max Freedom Long assegura que "qualquer associado da Huna não deve desistir de sua fé tradicional, pois Huna é uma ferramenta que pode ser usada por todos a qualquer hora em qualquer contexto."
1. A parte teórica nos diz que o ser humano é formado de três espíritos ou aspectos independentes entre si, mas interligados nas ações, quando um depende do outro para se desenvolverem e de um corpo físico quando reencarnados. Existe uma energia que chamamos de “mana” que é o elemento de coesão entre os três, tendo cada um sua própria mana. O corpo é uma imagem manifestada dessa coesão por meio de uma substância. Essa substância de origem divina permeia todo o universo e em consonância com a mana torna possível as manifestações – a qual se denomina “substância aka”. Para que isso ocorra, cada espírito possui um corpo-aka que lhe é peculiar e tem funções determinadas. Sendo a Huna uma teoria de transformações, costumamos denominar cada um desses elementos pelos seus nomes na Língua Havaiana.
Esses conceitos chegaram até nós por intermédio dos estudos de Max Freedom Long, Serge King e outros que buscaram na antiga tradição havaiana os elementos teóricos. Essa conceituação teórica se sintetiza na prática no que se denomina “Prece Ação”.
Como todo sistema é arbitrário e relativo por ser interpretativo, a Huna também o é. Isso nos dá a liberdade de sermos ou não adeptos da Huna, conforme nossa interpretação desses ensinamentos.
2. Na parte prática, temos entre outros elementos, a Prece Ação já citada acima, com a qual obtemos bons resultados. Ela é usada principalmente, para curas e alívio de qualquer tipo de sofrimento. Obtemos resultados eficazes, pelo fato de trazer um enfoque diferente de como se deve fazer uma prece. Isso só se torna possível depois de conhecermos os conceitos da Huna. A leitura atenta e livre dos Evangelhos nos mostra que esses princípios da Huna não foram esquecidos por Jesus.
A parte prática da Huna está concentrada no xamanismo. O xamanismo ensinado pela Huna refere-se ao Xamanismo Havaiano. Tudo começou quando se reuniram grandes mestres kahuna para sintetizarem os ensinamentos em alguns princípios que pudessem traduzir o pensamento e as atitudes que deveriam ter aqueles que se dedicassem a usar a Huna.
O princípio básico da Psicofilosofia Huna é não ferir, isto é, não causar sofrimento a si mesmo, aos outros e à natureza.
Podemos evitar isso não nos omitindo nas situações que exigem de nós atitudes coerentes, que promovam o nosso equilíbrio e do meio em que vivemos. Não devemos nos exceder em ocasiões em que depende de nós um bom senso para que tudo transcorra serenamente. Não podemos permitir que sejamos usados para ações que causem prejuízos por exacerbação das mesmas. Qualquer ação que pratiquemos depende de uma intenção; assim, é a intenção a mãe de todos os problemas e virtudes que acontecem. Concluímos então, que é na intenção que está tudo que praticamos na vida e é nela que devemos focalizar toda nossa atenção para que não caiamos na omissão ou no excesso que nos conduzem ao desequilíbrio físico e mental, quando praticamos ações que provocam sofrimento e danos a nós mesmos e em geral.
Assim sendo, é a intenção o alvo de nosso “orai e vigiai” para que possamos crescer e evoluir na constante busca da felicidade. A Huna tem princípios e ensinamentos que nos ajudam nessa busca de uma maneira mais suave e simples, deixando de ser o sofrimento o paradigma de crescimento e evolução.
Histórico Huna

MU- A Pátria-Mãe : a Huna é um conhecimento que vem dos mais antigos habitantes da terra, cuja origem remonta ao continente perdido de MU, também conhecido por alguns por Lemúria, anterior a Atlântida. Este continente era conhecido por vários nomes no antigo Havaí como: " Ta Rua", "Rani", " Havai'i". Localizava-se no meio do Oceano Pacífico. Existiu por 20.300 anos(812 gerações) desde o início dos tempos com (Rai 'Rai), até seu afundamento ocorrido aproximadamente, entre 12 a 13 mil anos atrás.
TUMURIPU
Livro através do qual o conhecimento Huna foi preservado. Trata-se de um épico panorâmico de poesia espiritual. Aborda a Cosmologia e a Mitologia. Seus ensinamentos eram passados de geração a geração de forma oral, somente para os iniciados e treinados em memorização. Acredita-se que o Tumuripo, tenha sua origem em MU, posteriormente, no Havaí foi escrito em havaiano arcaico pelo rei Kalakaua. É o " Livro da Criação".
Povo:
Menehunas ou menehunes, os quais tinham poderes psíquicos secretos, avançada tecnologia e eram muito habilidosos. Era um povo de estatura pequena, tipo pigmeu, considerando os padrões atuais.
MIGRAÇÕES
O Povo de MU formou várias colônias, espalhando os conhecimentos Huna por vários lugares como Birmânia, India, Egito, nas Américas e Europa, através dos mestres denominados "Naakals", que além de transmitirem os conhecimentos, fundavam e governavam as colônias. Na América Central, a mais brilhante foi a Civilização Maia e a mais conhecida foi a Atlântida. Pesquisadores, como James Churchward, especializado em leitura de linguas mortas e antropologia, estudou tabuinhas muito antigas(entre 12.000 e 15.000) encontradas na Índia e México e escritas na mesma lingua; continham uma história atribuída a MU , assim como, existem outros documentos muito antigos que são testemunha do fato extraordinário de que , civilizações como as da India, Babilônia, Pérsia, Egito, México, etc... São lampejos daquela grande civilização.
CATACLISMO
Quando aconteceu o Afundamento, MU foi destruído e submergiu pela fúria dos vulcões, terremotos e maremotos. Terras antigas mergulharam nos mares em muitos lugares e novas terras surgiram em outros. O Continente de MU não existia mais, apenas ilhas espalhadas no vasto vazio do Oceano, tais como as Ilhas Polinésias. Após isso houve um retrocesso na humanidade. No havaí, foi onde o conhecimento Huna manteve-se preservado devido ao isolamento geográfico das ilhas e também pela forma criteriosa de transmitir, de geração a geração esse conhecimento.
HUNA NO HAWAII
1778- O Capitão Cook iniciou a colonização pelo branco no Havaí.
1820- Missionários cristãos chegaram as ilhas e colocaram os kahunas como adeptos da ilegalidade, pois tinham objetivo de erradicar tais crenças por eles condideradas de "supertições".
Razões pelas quais o branco não obteve acesso ao conhecimento Huna:
1- Mesmo os brancos tendo invadido o território, os kahunas construíram uma barreira invisível que não lhes permitia ter acesso a seus conhecimentos. Isso fez com que o invasor ficasse mais confuso.
2- Os Estrangeiros não conseguiam se expressar fluentemente na lingua local; os havaianos não falam somente pelos sons, mas também pelos gestos e entonações.
3- Os invasores ressaltavam apenas aspectos negativos.
4- Os havaianos não conseguiam se expressar em inglês.
5- Com o propósito de "administrar um medicamento para a saúde dos bárbaros" os estrangeiro substituiu letras da lingua havaiana como: o "R" pelo "L", "T" pelo "K" e o "V" pelo "W". Ex: "Honoruru" tornou-se "Honolulu", "Tahuna" tornou-se "Kahuna". Por esses motivos e outros mal entendidos houve fatos como esses:
Quando os historiadores perguntaram aos havaianos de onde vieram, os nativos do Havaí deram as seguintes respostas:
1-"Mai Ta reva mai, matou" - Quer dizer:
"nós flutuamos para cá, vindos do firmamento". Porém os calvinistas muito literais traduziram como: "Os havaianos viajaram para o Havaí, pelo oceano". REVA significa céu, oceano da criação e não oceanos desta terra.
2- "Mai Ta PO mai,matou". - Quer dizer:
" Nós viemos de PO". A palavra PO tem vários significados, entre eles: vasta escuridão do espaço, antes de Deus soprar seu sopro divino(ou seija, outra dimensão), além de, obscuro, sem luz, noite, caos , desorganização, o que levou os estrangeiros a deduzirem "os selvagens do Havaí vieram da obscuridade".
3-"Tamata mai Tahiti mai"- Quer dizer: "O homem veio do Tahiti". Os estrangeiros deduziram que os havaianos teriam vindo das ilhas tahitianas como Bora Bora. Tahiti em havaiano significa "MU", esfera celestial.
HUNA HOJE EM DIA
Como acreditamos num processo contínuo do desenvolvimento da humanidade, e, sendo a Huna para nós, a mais antiga e evoluída de todas as civilizações, ela simplesmente vem fazendo com que o ser humano descubra, aos poucos, através das reencarnações sucessivas, os mistérios da natureza e de sua própria grandeza.
Como o foco principal da Huna é a mudança de padrão para crescimento e evolução do homem, ela estará sempre atualizada e indicando rumos para uma humanidade mais evoluída, mas que tenha como fator principal de sua evolução o amor compartilhado, o único capaz de trazer felicidade, paz e tranqüilidade a todos os povos. Ela já vem por seus princípios sendo introduzida paulatinamente sem ferir a liberdade de pensar do homem. Não cremos que o desenvolvimento cientifico e tecnológico por si só possa dar ao homem as condições de ser feliz. Para isso é necessário que repense seus valores e descubra aos poucos que a felicidade não está no desenvolvimento exterior, mas sim, no despertar interior de sua condição de herdeiro do Criador Supremo. As transformações pelas quais passa o mundo atualmente estão conduzindo os homens cada vez mais à busca de seu interior, mesmo que tenhamos dirigentes importantes que caminham num sentido diferente por não terem ainda a percepção real do que é se sentir realmente feliz.
Quem pratica a Huna despertando em si uma fé que conduz a uma crença sem dúvidas, sente-se perfeitamente apto para desenvolver bem suas atividades como ser humano, cidadão e um operário da natureza que é a manifestação natural da divindade entre nós.
Como Ensinar a Huna Para Crianças

1º IKE - Como você se sente depende de como você pensa.
2º KALA - Tudo ouve o que você diz e sente o que você sente.
3º MAKIA - O que você quer é mais importante do que o que você não quer.
4º MANAWA - As coisas não acontecem ontem e elas não acontecem amanhã; elas só podem acontecer agora.
5º ALOHA - Quanto mais feliz você é, mais sorte você tem.
6º MANA - Sempre há alguma coisa que você pode fazer.
7º PONO - Sempre faça o que funciona (e se o que você fizer não funcionar, faça algo diferente).
Redescobrindo a Huna

Ao longo da história alguns iluminados como Buda, Moisés e Jesus nos devolveram os princípios que regem o universo. Ao longo da história, também,estes simples princípios foram expandidos e distorcidos segundo seus seguidores e as religiõesfundadas com bases nos ensinamentos de seus Mestres. Parece que o homem propositadamente complica seu próprio caminho por achá-lo simples demais como foi exposto pelos Mestres.
O ponto de união entre a grande maioria das religiões é a crença na natureza espiritual do homem. A alma pede por experiência religiosa assim como o corpo pede por alimento e a mente por conhecimento. Infelizmente, em nome desta mesma experiência religiosa muitos enganos têm sido cometidos, como segregações, fuga da realidade física, guerras e, em conseqüência disto, a felicidade na terra vai sendoempurrada cada vez para mais longe dos homens. Em meio a tudo isso temos o ressurgimento da prática psico-filosófica Huna que pode ser entendida como uma prática religiosa porque inspira o indivíduo a atingir sua perfeição espiritual.
Pode ser entendida como científica porque lida com o aspecto físico do aqui e agora. Pode ser entendida como psicológica pois suas técnicas produzem efeitos nas pessoas no sentido de torná-las maduras e integras. Pode ser entendida como uma filosofia de vida por conter um código de ética. Pode ser considerada oculta porque trabalha com forças que não se pode ver mas que são extremamente reais. É,talvez, a mais completa prática porque cada religião contém parte dela e a ciência começa a reconhecer a validade de seus princípios no funcionamento do Universo.
Segundo os kahunas (guardiães do segredo), em algum período antes de Cristo, um grupo de iniciados se reuniu e criou uma linguagem específica em códigopara que os conhecimentos da Huna pudessem ser transmitidos de geração em geração. O primeiro homem não-havaiano a revelar este código foi Max Freedom Long, um estudante de psicologia, professor no Havaí e membro da sociedade Teosófica.
PRINCÍPIOS DO XAMANISMO HAVAIANO
Os princípios da Huna não apenas fornecem uma explicação lógica e consistente da psicologia humana como também, quando aplicados, produzem sólidos resultados em termos de prosperidade física, emocional, mental e espiritual. Qualquer pessoa que aceite a Huna, ao menos como uma hipótese a ser trabalhada pode conseguir hoje o que os kahunas - xamãs da Polinésia - sempre conseguiram. Os sete princípios essenciais estão codificados em sete palavras havaianas. Para melhor entendimento Dr. Serge King, psicólogo treinado nas tradições xamãnicas do Havaí, traduziu e teceu explicações sobre eles.
1. IKE - O MUNDO É O QUE VOCÊ PENSA QUE É
Você cria sua própria experiência da realidade através de suas crenças, expectativas, atitudes, desejos, medos, julgamentos, sentimentos, pensamentos e ações.
2. KALA - NÃO EXISTEM LIMITES
Não existem limites reais entre você e seu corpo, você e as pessoas, você e o mundo, você e Deus. A separação é uma ilusão.
3. A ENERGIA FLUI PARA ONDE A ATENÇÃO VAI
Os pensamentos e sentimentos que você abriga, conscientemente ou não, formam uma esquema, um projeto, desígnio ou plano para que chegue a você a experiência mais próxima e equivalente a estes pensamentos e sentimentos. A atenção dirigida é o canal tanto para o fluxo de energia biológica quanto para a cósmica.
4. MANAWA - AGORA É O MOMENTO DE PODER
Você não está preso a nenhuma experiência do passado nem a nenhuma expectativa do futuro. Você tem o poder no presente momento para mudar as crenças limitantes e conscientemente plantar as sementes para o futuro de sua escolha. Ao mudar seus pensamentos, você muda sua experiência.
5. ALOHA - AMAR É ESTAR FELIZ COM:
O Universo e os seres humanos existem devido ao amor. Em Huna, o amor implica a criação da felicidade. Tudo funciona melhor quando este princípio é seguido conscientemente pois assim a felicidade deixa de ser apenas um efeito colateral.
6. MANA - TODO PODER VEM DO INTERIOR
Não existe poder fora de você porque o poder da Vida ou do Universo trabalha através de você em sua vida. Você é o canal para este poder; suas escolhas e decisões dirigem-no. Nenhuma outra pessoa tem poder sobre você e seu destino a menos que você permita.
7. PONO - A EFICÁCIA É A MEDIDA DA VERDADE
Em outras palavras, todos os sistemas são arbitrários e assim fica-se absolutamente livre para usar aquilo que é eficaz.
A Cultura dos Kahunas

O primeiro ocidental a desvendar os segredos da filosofia de vida dos havaianos (Huna)foi o americano Max Freedom Long. O cotidiano ancestral já havia sido destruído por missionários religiosos e pela invasão de valores ocidentais há um bom tempo quando ele chegou ao Havaí, em 1917. Depois de 18 anos mergulhado em seus estudos nas áreas da psicologia e da etimologia, Long, chegou à conclusão de que havia uma filosofia psico-religiosa por traz do dia-a-dia ancestral e do simples ato de surfar.
A língua havaiana não é apenas um idioma, e sim um verdadeiro raciocínio lingüístico. Cada palavra é um "cacho" de significados, indicados pelos contextos em que se encaixam. Não existia um profano dissociado do sagrado, ou vice-versa. Um exemplo: em nossa sociedade, ora buscamos dinheiro, ora buscamos Deus, numa proporção cada vez mais descompensada. Os havaianos buscavam os dois o tempo inteiro. "Tudo que eles faziam era com devoção.
Eles viviam na eternidade do agora, como sugeririam Eckhart Tolle, Deepak Chopra, Dalai Lama e os demais gurus de hoje. Na sabedoria havaiana, o aqui e o agora de cada tarefa do cotidiano é o único território onde a fusão entre o profano e o sagrado pode ser efetivamente realizada e perpetuada. Talvez a maior prova disso seja o fato de que na língua havaiana não há termos para o futuro ou o passado.
As atividades do cotidiano (plantar, colher, construir, surfar…), por mais diversas que aparentem ser, são unidas no plano sagrado por "segundas intenções" espirituais que todas as tarefas têm em comum. Elas são a busca de uma energia metafísica que o havaiano chama de "mana". Essa energia, ignorada pelo mundo ocidental, é cultuada pelo mundo oriental na forma de "prana" na Índia, e de "chi" na China. Cada uma dessas três tradições considera essa energia vital, o alimento primordial da alma, que também sustenta o corpo.
A Filosofia
Huna quer dizer: Segredo, não no sentido de manter algo oculto, mas sim de descobrir um sentido mais profundo da nossa existência.
Conhecimento oculto ou realidade secreta é a realidade mais difícil de ser vista. Também significa princípio feminino, mais princípio masculino, o que corresponde´à manifestação da vida.
Leinani Melville diz que Huna é "profundidade". Serge Kahili King define Huna como “o que é oculto ou o que não é obvio; nome dado ao conhecimento dos Kahunas, filosofia de realização, utilizada em qualquer contexto, pessoal,científico, religioso".
Max Freedom Long assegura que "qualquer associado da Huna não deve desistir de sua fé tradicional, pois Huna é uma ferramenta que pode ser usada por todos a qualquer hora em qualquer contexto." E esta definição é a mais correta e a que é mais aceita pelos que praticam o Kahuna!
Conceitos
1. A parte teórica nos diz que o ser humano é formado de três espíritos ou aspectos independentes entre si, mas interligados nas ações, quando um depende do outro para se desenvolverem e de um corpo físico quando reencarnados. Existe uma energia que chamamos de “mana” que é o elemento de coesão entre os três, tendo cada um sua própria mana. O corpo é uma imagem manifestada dessa coesão por meio de uma substância. Essa substância de origem divina permeia todo o universo e em consonância com a mana torna possíveis as manifestações – a qual se denomina “substância aka”. Para que isso ocorra, cada espírito possui um corpo-aka que lhe é peculiar e tem funções determinadas. Sendo a Huna uma teoria de transformações, costumamos denominar cada um desses elementos pelos seus nomes na Língua Havaiana.
Esses conceitos chegaram até nós por intermédio dos estudos de Max Freedom Long, Serge King e outros que buscaram na antiga tradição havaiana os elementos teóricos. Essa conceituação teórica se sintetiza na prática no que se denomina “Prece Ação”.
Como todo sistema é arbitrário e relativo por ser interpretativo, a Huna também o é. Isso nos dá a liberdade de sermos ou não adeptos da Huna, conforme nossa interpretação desses ensinamentos.
2. Na parte prática, temos entre outros elementos, a Prece Ação já citada acima, com a qual obtemos bons resultados. Ela é usada principalmente, para curas e alívio de qualquer tipo de sofrimento. Obtemos resultados eficazes, pelo fato de trazer um enfoque diferente de como se deve fazer uma prece. Isso só se torna possível depois de conhecermos os conceitos da Huna. A leitura atenta e livre dos Evangelhos nos mostra que esses princípios da Huna não foram esquecidos por Jesus.
A parte prática da Huna está concentrada no xamanismo. O xamanismo ensinado pela Huna refere-se ao Xamanismo Havaiano. Tudo começou quando se reuniram grandes mestres Kahuna para sintetizarem os ensinamentos em alguns princípios que pudessem traduzir o pensamento e as atitudes que deveriam ter aqueles que se dedicassem a usar a Huna.
Princípios
O princípio básico da Psicofilosofia Huna é não ferir, isto é, não causar sofrimento a si mesmo, aos outros e à natureza.
Podemos evitar isso não nos omitindo nas situações que exigem de nós atitudes coerentes, que promovam o nosso equilíbrio e do meio em que vivemos. Não devemos nos exceder em ocasiões em que depende de nós um bom senso para que tudo transcorra serenamente. Não podemos permitir que sejamos usados para ações que causem prejuízos por exacerbação das mesmas. Qualquer ação que pratiquemos depende de uma intenção; assim, é a intenção a mãe de todos os problemas e virtudes que acontecem. Concluímos então, que é na intenção que está tudo que praticamos na vida e é nela que devemos focalizar toda nossa atenção para que não caiamos na omissão ou no excesso que nos conduzem ao desequilíbrio físico e mental, quando praticamos ações que provocam sofrimento e danos a nós mesmos e em geral.
Assim sendo, é a intenção o alvo de nosso “orai e vigiai” para que possamos crescer e evoluir na constante busca da felicidade. A Huna tem princípios e ensinamentos que nos ajudam nessa busca de uma maneira mais suave e simples, deixando de ser o sofrimento o paradigma de crescimento e evolução.
As Bases do Conhecimento Huna

Os Kahunas ensinaram que o pensamento humano não esta capacitado a entender de maneira clara uma forma superior de consiência que não seja semelhante a sua própria, por isso todos os esforços para imaginar um Deus supremo seria pura perda de tempo. Acreditavam existir uma fonte criadora, não obstante, suas orações não eram para essa fonte.
Crentes de que várias camadas hierárquicas se formam acima de seu nivel médio de consciência, os Kahunas simplesmente não se importavam com estas inteligências superiores pois acreditavam piamente que tendo acima si um ser paternal "Aumakua" quando da necessidade de orações aos seres mais elevados este saberia quando e como faze-las.
Devido a esta atitude considerada por eles sensata, o sistema permaneceu simples e livre dos padrões estabelecidos pelos homens, pratico e voltado a resultados preponderando o pensamento humano sobre a matéria.
Favorecidos pelo isolamento, a natureza filosófica de suas práticas mágicas não criou espaço para valores encontrados facilmente em outras religiões, não tinham salvadores e nem salvação, sem inferno, nem céu, nenhuma base a ser seguida em livros iluminados, nos quais houvessem sido escritos palavras como: "Assim falou Deus...", na verdade nunca possuiram livros, pois sua linguagem não foi escrita até os tempos modernos, desta forma, viveram livres de qualquer tipo de opressão dogmática por séculos.
O sistema considera qualquer homem subdividido em 3 claras partes distintas:
"O EU BÁSICO" - Subconsciente,verdadeiro,memória,emoção,telepatia,apoia-se nos 5 sentidos
"EU MÉDIO" -
Consciente,Racional,Persona,Dia-Dia,Só ele pode pecar "fazer mal"
"EU SUPERIOR"-
Super-consciente,Mentalização,Anjo da guarda,ligação com os superiores
As 3 forças básicas: a primeira unidade é a FORÇA, que é dirigira pela segunda, a CONSCIÊNCIA. A terceira é a SUBSTÂNCIA da qual a Consiência extrai a Força.
Se os Kahunas estiverem certos em sua idéia de que a consciência humana é composta neste plano, de dois espíritos separados, com um terceiro que age como um anjo da guarda, somos levados a reconsiderar nossas teorias a respeito da alma humana. Quando estabelecemos que possuimos um ser inferior dentro de nós, somente um grau acima dos animais irracionais, assim como um espírito mais desenvolvido que esta há muito tempo fora do reino dos animais, nossas idéias de salvação deveram tambem ser remodeladas.
Duas salvações seriam requeridas, uma para cada alma porque estão em diferentes planos de desenvolvimento, a concepção religiosa do Karma e reincarnação deverá também ser repensada, deixando de lado aqui o espírito superior que é em teoria o mais velho e mais desenvolvido dos três.
Na maioria das religiões estamos acostumados a considerar Deus como trino, mas aparentemente perdemos de vista o homem como um similar tríplice. Esta é uma das razões para a harmonia em que viviam os membros desta cultura, o respeito humano era como um fator chave de suas vidas.
Todas as religiões misturam-se com magia, a oração seja ela qualquer é magia, tudo o que fazemos para obter benefícios para nós próprios nesta vida ou na próxima é parte da magia. Magia é obter alguma coisa de fontes supra-normais.
O princípio do credo dos Kahunas, consistia em "não fazer o mal para ninguem" e com este preceito a religião ficou preservada moralmente até os dias de hoje sem se desviar na direção do mal. A ciência Huna previa tanto o profundo conhecimento dos elementos da natureza quanto a psicologia humana.
A Vida é Um Sonho

A definição de que “vida é um sonho” foi descrita por Serge Kahili King em várias de suas obras, para explicar como se pode modificar a vida modificando os sonhos, durante a vida atual.
Após pesquisar durante anos e, como resultado de observações em nossas experiências com regressão de memórias em pacientes de consultório, chegamos a várias conclusões, dentre elas, a de que de um modo geral e de acordo com nosso desenvolvimento espiritual a frase “vida é um sonho” refere-se a uma situação de vida muito ampla.
Para melhor estudo e conceituação dividimos a definição em duas partes, tendo como paradigma que o ser humano durante um período de vidas sucessivas está de um certo modo limitado em seu desenvolvimento. As limitações descritas em forma de desafios por Serge King em seu livro Urban Shaman na Sexta Aventura quando fala “Na busca da visão em Milu”, liga cada desafio a um dos sete Princípios do xamanismo havaiano da seguinte maneira: Princípio Ike, desafio ignorância, Kala, limitações, Makia, confusão, Manawa, procrastinação, Aloha, raiva, Mana, medo e Pono, dúvida. A partir dessa concepção, criamos o conceito de que durante esse estado espiritual – nos períodos de reencarnação na terra -, “a vida é um sonho básico” – memórias a serem vivenciadas e reformuladas através das experiências -.
O QUE SERIA UM SONHO BÁSICO ?
Introdução - O que seria então o “sonho básico de vida?”
No período entre a última morte e a concepção da vida atual, o ser humano passa por um período de aprendizado em Po (Plano Espiritual), quando tem a oportunidade de revisar as memórias gravadas no kino-aka do unihipili com a colaboração do uhane, sob orientação do Aumakua e de mestres encarregados dessa tarefa de preparo para a reencarnação.
Após a morte passa por diversas fases, desde um período de desligamento - quando entra em um estado de repouso semelhante a um profundo sono-, até sua saída para a concepção após um longo aprendizado.
Pelas experiências que tivemos nas regressões, essa situação fica muito clara. Em alguns pacientes que vivenciaram memórias de vidas passadas foi possível acompanhar esse preparo, bem como as reformulações feitas no aprendizado, tudo de acordo com suas necessidades de crescimento e evolução. Como se trata de memórias, vivenciam situações como alguém que geralmente necessita de contenção, tratamento e aprendizado escolar, como se fosse um espectador, revivendo situações anteriormente experienciadas e que agora são vistas de uma maneira que possa reformulá-las. Delas tiram um aprendizado e uma nova proposta para uma nova vida. Chamamos esta fase em Po de intervida.
Nesse preparo está incluído as memórias genéticas programadas que servem como base do desenvolvimento e crescimento fetal e, após o nascimento, base para todas as experiências da própria vida - num espaço tempo diferente do vivido em Po -. E também, tudo que vivenciará em seu crescimento e em relação ao meio em que vai viver – Rede sociométrica –, que geralmente está ligado às memórias de vidas anteriores, mostrando que o ser humano cresce em grupos afins ou de reformulação espiritual.
Em Po, na sua programação de vida, usa de seu livre arbítrio - de acordo com suas possibilidades de discernimento -, para seu aprendizado; daí, a orientação de mestres.
FORMAÇÃO DAS MEMÓRIAS APREENDIDAS
Formação das memórias aprendidas ou experienciais
Através dos estímulos recebidos nas vivências e de acordo com a intensidade com que se manifestam são transformados em ações, quer sejam por atos ou mentalmente em pensamentos em novas memórias, agora denominadas de “memórias aprendidas ou experienciais” – Serge King - gravadas no nível de camadas musculares e que são enviadas ao cérebro para decodificações.
O resultado são as respostas que estimulam as ações, quer sejam físicas ou mentais. As memórias genéticas programadas funcionam até um certo período da vida como formadoras da estrutura anatomofisiológica e estão no nível celular. Entende-se como nível celular toda a estrutura anatômica representada por todo o organismo. A dinâmica corporal conduz o individuo a viver fisiologicamente dentro do modelo dado pelas memórias genéticas programadas; numa complexa ação conjunta contribuem para formar as memórias aprendidas, num continuum espaço/tempo de experiências.
Essa situação diferencia o ser humano (Homo sapiens) dos outros animais. O desenvolvimento de tudo que existe na natureza depende das memórias genéticas programadas criadas filogeneticamente*1 (próprias de cada espécie) e ontogeneticamente*2 (próprias de cada individuo). Essa concepção está de acordo com os ensinamentos de Max Freedom Long que diz: “Tudo na natureza tem Aumakua e unihipili, mas somente o homem possui uhane”.
O que diferencia o ser humano dos demais animais é que eles possuem memórias que lhes dão um pensamento dedutivo (responsável pelos instintos) e o ser humano, além disso, possui o pensamento indutivo que propicia as descobertas que vão além das necessidades que se restringem à conservação da espécie. No ser humano desenvolve-se também uma nova situação devida às memórias pneumogenéticas*3 , próprias do crescimento e desenvolvimento espiritual no sonho básico de vida atual e que é própria de cada individuo.
O SONHO BÁSICO -DESENVOLVIMENTO
Após essa introdução falaremos de como entendemos e sentimos o que é sonho básico de vida.
Sendo básico supõe-se que as memórias genéticas programadas trazem em potencial, as bases para a atuação do individuo através dos valores e padrões aprendidos em Po e oriundos de memórias de vidas passadas. Esses valores e padrões serão vivenciados em uma época bem diferente das vidas anteriores e por isso, têm a propriedade de se adaptarem aos padrões sociais vigentes nas diversas experiências no curso da vida.
Leinani Melville divide Po em sete planos, sendo três celestiais e quatro espirituais. Interessa-nos os planos espirituais e principalmente o Po espiritual da Terra onde somos preparados para reencarnarmos em Ao (Terra - plano das manifestações).
O mundo visível, mundo das manifestações onde habitamos (Terra) é uma imagem do real que é Po (Planos Espirituais). Com isso queremos dizer que vivendo o sonho básico, estamos vivendo uma imagem da realidade que é invisível. Isso quer dizer que a essência do unihipili, uhane e Aumakua estão em Po e que as manifestações são puramente imagens, portanto ilusões da percepção dada pelos cinco sentidos corporais que atuam através do intelecto; assim, tudo é forma-pensamento.
Como é essa dinâmica?
Através das memórias genéticas programadas recebemos após a concepção tudo que necessitamos para o desenvolvimento do ser humano. Primeiro sob a forma fetal e após o nascimento, na vida atual. A formação do corpo (kino) está garantida por leis que desenvolvem o feto de acordo com sua situação filo, onto e pneumogenética (ser humano) e que estão nas memórias genéticas programadas. Sendo as memórias as responsáveis pela formação do corpo, conclui-se que o corpo é um modelo do unihipili que é o guardião das memórias.
Sendo as memórias preparadas para esse sonho básico, a manifestação corporal é fruto da imagem do unihipili cuja essência permanece em Po. Assim, o corpo é um modelo da imagem do unihipili que abriga também o uhane que se manifestará após o nascimento. Aumakua está ligado a esse modelo corporal por cordões-aka por onde atua como o guardião ancestral, o pai infalível, mas que continua em Po; ele é a fonte que conserva a vida e nos dá as oportunidades de atuarmos em nossa programação feita em Po. Não há nisso nenhum determinismo, pois atuamos segundo nossa vontade, a mola propulsora que conhece os potenciais de nossas memórias e cria as oportunidades para nossas ações no dia a dia. Segundo essa dinâmica somos os únicos responsáveis por nós mesmos e vivemos de acordo com nossas intenções e atitudes.
As experiências gravadas como memórias no corpo são decodificadas cerebralmente de acordo com as solicitações do uhane que recebe as respostas e executa as ações desejadas, acrescentando dados às memórias solicitadas ou as reformula para o crescimento do ser; uhane é o responsável pela ordenação e decisão, através da percepção consciente que nos conduz pelos pensamentos.
A finalidade primordial do sonho básico é o desenvolvimento intelectual que traz sempre novos conhecimentos de maneira geral o que propicia a reformulação das memórias que podem aos poucos transformar os valores criando novos conceitos individuais e sociais, até que se tenha a percepção de que existe uma nova linguagem e que, essa nova linguagem pode pela transformação dos valores dada pela reformulação das memórias, iniciar a verdadeira mudança do ser humano que é a mudança de padrões, substituindo os trazidos nas memórias genéticas programadas por novos que guiarão suas experiências de vida de forma diferente e que, após a morte física contribuirão para as futuras reencarnações com conceitos que formarão novos e melhores sonhos básicos de vida. O reverso também pode acontecer quando as ações praticadas não conduzem a um conhecimento que não fira a si mesmo e ao próximo.
Conforme ensinava Max Freedom Long devemos trabalhar, agindo para a harmonização do unihipili e uhane sendo essa a maneira de crescermos espiritualmente.
Os ensinamentos deixados por Jesus mostram que neles estão contidos os mistérios da Psicofilosofia Huna*4 , principalmente por ter sido um pregador do amor, do compartilhar com o próximo, da solidariedade humana, da visão de um mundo de paz e harmonia, mas sempre com base na crença de um Pai divino que está em tudo.
Creio que por isso Max Freedom Long e Serge King dedicaram artigos à Sua figura, denominando-O de o grande kahuna. Para nós Ele é algo bem maior do que um grande kahuna; é o Grande Aumakua que se fez carne e habitou entre nós.
*1 - São memórias responsáveis pela estrutura física/mental próprias para a manutenção da espécie.
*2 - Memórias que mantêm a estrutura anatofisiologica próprias de cada individuo.
*3 - São memórias referentes ao crescimento espiritual, geneticamente programadas em Po.
*4 - Psicofilosofia Huna – reúne conceitos e princípios filosóficos, de povos muito antigos, que remontam à origem do homem na Terra.
DR.Sebastião Melo
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